Dez pessoas morreram e cerca de 50 estão desaparecidas após o naufrágio de uma embarcação perto da costa da Líbia na qual viajavam cerca de 100 imigrantes ilegais, informaram neste sábado os meios de comunicação italianos.
O naufrágio aconteceu na tarde local desta sexta-feira (13) a 40 milhas do litoral da Líbia e, segundo explicou ao jornal "La Repubblica" o comandante da Marinha Martino Baldari, o número de desaparecidos ainda não está claro, dado que os cálculos se baseiam nas declarações dos sobreviventes, que indicaram que na embarcação viajavam 98 pessoas.
Por enquanto, os navios de auxílio italianos recuperaram 39 naufrágos com vida e outros 10 foram achados mortos, deles sete mulheres. Baldari disse que o número de desaparecidos pode chegar a 49. As embarcações italianas continuam com a busca de desaparecidos.
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O capitão explicou que um dos sobreviventes se encontra em estado de choque porque diz que perdeu sua mulher e seu filho e especificou que outro foi atendido pela equipe médica, pois apresentava graves queimaduras por ter permanecido em contato com o combustível da embarcação.
A Itália continua recebendo imigrantes procedentes da África que são resgatados em alto-mar pelas navios do dispositivo de salvaguarda italiano "Mare Nostrum", iniciado em 3 de outubro após a tragédia de Lampedusa, na qual morreram mais de 300 somalis e eritreus.
Nestes momentos, segundo a imprensa local, a embarcação "Etna" da Marinha da Itália se dirige rumo ao porto siciliano de Palermo com 700 imigrantes a bordo, que pisarão em solo italiano previsivelmente amanhã.
Além disso, outros 260 desembarcaram na noite passada no porto de siciliano de Catânia, após serem socorridos. Hoje o ministro italiano do Interior, Angelino Alfano, voltou a pedir que a União Europeia assuma maiores compromissos na proteção da fronteira sul comunitária.