"Nem estava com fome": canibal é liberado mesmo após confessar ter comido amigo durante expedição
Viúva da vítima pede ajuda de Putin para reverter a sentença do juiz
Internacional|Do R7
Um dos russos acusados de canibalismo em expedição de pesca na Sibéria foi liberado por três anos após confessar ao júri, nesta sexta-feira (6) que realmente comeu o amigo, Andrei Kurochkin, 44 anos, apesar de não estar com fome.
A mulher de Kurochkin, Olga Kurochkin, falou, em depoimento, sobre seu horror diante da brutalidade do assassinato. Os acusados deixaram os pés e a parte traseira do crânio com um pouco de cabelo da vítima.
Segundo o tabloide britânico Daily Mail, Alexei Gorulenko e Alexander Abdullaev eram pescadores e se perderam durante meses em uma expedição na Sibéria. Com a fome, decidiram comer o amigo Kurochkin.
Olga afirmou que pensar sobre a situação está fazendo muito mal a ela.
— Isso é tudo o que resta do homem que eu amava. Tendo apenas esses restos mortais, como posso dizer adeus a ele? Estou perdendo a cabeça com isso.
De acordo com o tabloide Siberian Times, Olga disse que Gorulenko e Abdullaev arruinaram a vida dela e a de todos os parentes.
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Ela também disse que teme que as autoridades não investiguem o caso adequadamente, já que a lei russa não fala sobre o canibalismo. Desesperada, Olga pediu a intervenção de Putin, o presidente russo, na situação.
A acusação diz que Kurochkin foi espancado pelos dois amigos, teve o corpo desmembrado e cozido. Em seguida, os homens comeram os pedaços do corpo dele. A perícia mostrou que os cortes no corpo tinham sido pensados "cuidadosamente".
Depois de confessar o crime, Gorulenko foi liberado pela polícia e Abdullaev foi considerado apenas testemunha do impasse. Em depoimento, Abdullaev disse que o homem morreu congelado e que só depois disso que eles o comeram. Dezenas de restos mortais de animais foram encontrados junto aos de Kurochkin.
A viúva disse que está chocada com a decisão do juiz e que recorrerá.