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Novo acordo de paz é assinado na Colômbia e será submetido apenas ao Parlamento

Pacto entre governo e as Farc enfrenta resistência de parte da sociedade

Internacional|Da Ansa

Acordo foi assinado pelo presidente colombiano, Juan Manuel Santos, e pelo comandante das Farc, Rodrigo Londoño Echeverri
Acordo foi assinado pelo presidente colombiano, Juan Manuel Santos, e pelo comandante das Farc, Rodrigo Londoño Echeverri Acordo foi assinado pelo presidente colombiano, Juan Manuel Santos, e pelo comandante das Farc, Rodrigo Londoño Echeverri

O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, e o comandante das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), Rodrigo Londoño Echeverri, o "Timochenko", assinaram nesta quinta-feira (24) um novo acordo de paz.

O tratado foi firmado no Teatro Colón, em Bogotá, pouco menos de dois meses depois de o pacto anterior ter sido rejeitado em um referendo popular. Assim como o anterior, o novo acordo enfrenta resistência de parte da sociedade, principalmente do grupo liderado pelo ex-presidente Álvaro Uribe.

Desta vez, o documento será submetido apenas ao Parlamento e não passará pelo crivo das urnas. Na última terça-feira (22), Santos havia reconhecido que o tratado não agradará a todos. O novo pacto mantém aberta a porta da política para os membros das Farc e não enquadra o narcotráfico como crime de lesa humanidade. Além disso, assim como o anterior, não prevê que guerrilheiros cumpram pena em prisões comuns, como defende Uribe.

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As negociações entre Bogotá e as Farc para encerrar o conflito mais longevo da América Latina já duram mais de quatro anos e renderam a Santos o Prêmio Nobel da Paz em 2016, mesmo após o primeiro acordo ter sido rejeitado pelo povo.

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Pelo novo tratado, os membros da guerrilha terão cinco cadeiras garantidas no Senado e na Câmara dos Deputados nos próximos dois ciclos legislativos. Além disso, o narcotráfico só ficará isento de anistia caso o combatente o tenha usado para enriquecimento pessoal, item que não estava detalhado no pacto anterior.

O documento também tira a possibilidade de participação de magistrados estrangeiros no Juizado Especial da Paz e determina que bens e ativos em poder das Farc sejam usados para indenizar vítimas do conflito. Estima-se que mais de 260 mil pessoas tenham morrido em 52 anos de hostilidades na Colômbia.

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