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Ocidente não quer Rússia que "defende seus interesses", diz Putin

Putin não descartou possibilidade de se candidatar em 2018 à reeleição por outros seis anos

Internacional|

O presidente russo acusou os países ocidentais de usar dois pesos e duas medidas em sua política com Moscou
O presidente russo acusou os países ocidentais de usar dois pesos e duas medidas em sua política com Moscou O presidente russo acusou os países ocidentais de usar dois pesos e duas medidas em sua política com Moscou

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que o Ocidente não gosta que seu país adote uma postura firme e que "defenda seus interesses", em entrevista divulgada neste domingo pela agência oficial "Tass".

"Quando a Rússia se põe de pé, se fortalece e declara seu direito de defender seus interesses no exterior, imediatamente muda a atitude para com o país e seus dirigentes", disse o chefe do Kremlin. Putin argumentou que a mesma situação ocorreu com o falecido primeiro presidente russo, Boris Yeltsin.

"Na primeira parte de seu mandato, todos reagiam bem. O que Yeltsin fizesse era recebido com aplausos pelo Ocidente, mas bastou ele levantar a voz em defesa da Iugoslávia e se transformou aos olhos dos ocidentais em um alcoólatra", declarou.

Putin indicou que o gosto de Yeltsin pela bebida não era um segredo antes e que não era um obstáculo para seus contatos internacionais. "Mas quando se chegou à defesa dos interesses da Rússia nos Bálcãs, sobre os quais Yeltsin falou claramente, ele se transformou praticamente em um inimigo do Ocidente", ressaltou.

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O presidente russo acusou os países ocidentais de usar dois pesos e duas medidas em sua política com Moscou. Ele lembrou que, quando o exército russo lutava contra os extremistas islâmicos no Cáucaso Norte, Moscou era denunciada por "uso desproporcional da força" contra "lutadores pela democracia".

"E na Ucrânia? Aviação, tanques, artilharia pesada, plataformas de lançamento de mísseis. Mais ainda, bombas de fragmentação e, como se não bastasse, foguetes balísticos. E ninguém fala de uso desproporcional da força (por parte do exército ucraniano)", disse Putin.

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O presidente russo respondeu também a perguntas sobre seus planos e, inclusive, sobre ocupar o cargo de forma vitalícia. "Não. Para o país seria prejudicial e eu não preciso", enfatizou. No entanto, não descartou se candidatar em 2018 à reeleição por outros seis anos. "Sim, existe a possibilidade que eu concorra novamente. A Constituição permite, mas isso não significa que tomarei essa decisão. Atuarei dependendo do contexto geral, do meu ânimo", acrescentou.

Putin também descartou a ideia de que a sociedade russa, em seu atual estado, estaria disposta à restauração da monarquia. "Para o bem ou para o mal, não vou entrar nesse tipo de mérito, essa etapa ficou para trás. A monarquia é página virada na história do país", ressaltou.

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