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ONU impõe sanções a ex-presidente da República Centro-Africana

Para organização, políticos são responsáveis pela grave onda de violência que castiga o país

Internacional|Do R7

François Bozizé não poderá mais viajar e seus ativos econômicos serão bloqueados
François Bozizé não poderá mais viajar e seus ativos econômicos serão bloqueados

O Conselho de Segurança da ONU decidiu nesta sexta-feira (9) impor sanções contra o ex-presidente da República Centro-Africana François Bozizé e outros dois líderes políticos do país, segundo informaram fontes diplomáticas.

Trata-se do dirigente da coalizão rebelde Séléka, Noureddine Adam, e do representante das forças "Anti-Balaka", Levy Yakete, assinalaram as mesmas fontes. 

Facão e ódio aos muçulmanos: conheça as milícias cristãs da República Centro Africana

Os três serão afetados com proibição de viagens e sofrerão o bloqueio de seus ativos econômicos como consequência da decisão.


As sanções castigam os três por sua suposta responsabilidade nos problemas na República Centro-Africana, que vive uma grave onda de violência há mais de um ano.

Em 10 de abril, o Conselho de Segurança aprovou por unanimidade uma resolução que autoriza o desdobramento de uma missão de paz de 11.800 soldados e policiais na nação africana.


A República Centro-Africana tem atualmente uma missão da União Africana (Misca) reforçada por dois mil soldados franceses, enquanto a União Europeia começou a transferir um contingente que totalizará 850 pessoas.

A missão africana realizará a transferência da autoridade à operação da ONU (Minusca) em 15 de setembro deste ano, e a nova missão terá um período inicial de um ano até 30 de abril de 2015.


A República Centro-Africana sofre uma espiral de violência protagonizada por milícias muçulmanas, partidárias do ex-grupo rebelde Séléka, e cristãs, as denominadas "Anti-Balaka", desde dezembro do ano passado.

A coalizão Séléka, composta por quatro grupos rebeldes, pegou em armas no norte do país em dezembro de 2012 ao considerar que o então presidente, Bozizé, não tinha respeitado os acordos de paz assinados em 2007.

A capital, Bangui, foi tomada em março de 2013 pela então coalizão rebelde Séléka, que assumiu o poder no país após a fuga do derrubado Bozizé.

No final do ano passado, as milícias cristãs "Anti-Balaka" se levantaram contra os partidários de Séléka, e contra a população muçulmana em geral, em represália pelos abusos cometidos pelos rebeldes durante os meses que estiveram no poder. 

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