Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Organização Mundial de Saúde garante equipamentos de proteção contra o ebola por seis meses

Por causa do surto, há um esgotamento das reservas dos equipamentos necessários

Internacional|

Os equipamentos não podem ser reutilizados
Os equipamentos não podem ser reutilizados Os equipamentos não podem ser reutilizados

A OMS (Organização Mundial da Saúde) informou nesta sexta-feira (31) que o fornecimento de equipamentos de proteção individual para profissionais de saúde que lutam contra o ebola nos três países mais afetados da África Ocidental está garantido para os próximos seis meses.

Está prevista a compra mensal de 500.000 kits de proteção, compostos por material para proteger as membranas mucosas dos olhos, nariz e boca, cabeça e nuca; assim como luvas, roupões e botas impermeáveis.

A epidemia disparou a demanda por esse tipo de equipamento e desde que o surto de ebola se tornou epidemia, em março na Guiné, a OMS distribuiu um milhão de equipamentos de proteção, revelou o diretor de Abastecimento e Segurança, Edward Kelley.

A demanda foi gerada não só nos países com grande circulação do vírus, mas em outros com poucos casos, mas que também querem se prevenir, como os Estados Unidos, o que resultou um eventual esgotamento das reservas.

Publicidade

Quarentenas nos EUA "paralisam" combate ao ebola, diz Médicos Sem Fronteiras

No entanto, Kelly afirmou nesta sexta-feira que a OMS tenta dar prioridade ao fornecimento do material nas áreas mais afetadas como Libéria Serra Leoa e Guiné. Nesses países, cada pessoa que entra em contato com infectados pelo ebola precisam trocar todo o equipamento a cada vez que entra nas zonas de tratamento.

Publicidade

A maioria dos equipamentos de proteção são descartáveis. Considerando o grande número de profissionais de saúde infectados (521 casos, com 272 mortes), a OMS publicou nesta sexta-feira um redirecionamento para o uso dos equipamentos em situações de surtos do vírus.

No oitavo mês de epidemia do ebola, Kelly disse que as pesquisas sobre os casos de contágio entre os profissionais de saúde são difíceis porque dependem das lembranças dos afetados. No entanto, há indícios que a maioria de casos ocorrem depois que eles saem das áreas de tratamento.

Publicidade

Grande parte dos casos ocorre quando o equipamento de proteção é retirado e as chances de contágio aumentam quanto maior for o número de pacientes em comparação à quantidade de profissionais disponíveis para o atendimento, devido ao cansaço e ao estresse.

Sindicato dos enfermeiros nos EUA convoca greve por mais proteção contra o ebola

Entre as recomendações que a OMS achou conveniente reforçar está a necessidade de "cobrir completamente as membranas mucosas dos olhos, nariz e boca enquanto atender os pacientes", assim como a de usar óculos de proteção ou máscaras faciais, mas não os dois ao mesmo tempo. Segundo os especialistas da OMS, "a contaminação de membranas mucosas é provavelmente o modo de transmissão mais comum" do ebola e os elementos que as protegem devem ser usados até o último momento do processo de retirada do equipamento completo.

É considerado absolutamente necessário usar luvas duplas para reduzir o risco de transmissão devido a furos ou danos sofridos pelos equipamentos por causa dos desinfetantes. As luvas duplas também podem prevenir ferimentos com agulhas ou a contaminação das mãos quando o equipamento é retirado, embora se saiba que isso reduz a sensibilidade do contato e certas dificuldades.

O uso de fita adesiva para ajustar as luvas ao traje de proteção é desaconselhado porque fica mais difícil de retirar o equipamento e pode rasgar o material. Outra recomendação tem a ver com o material do traje, que deve ser resistente à penetração de fluidos corporais e a doenças transmitidas pelo sangue. 

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.