Países árabes e potências ocidentais passam o chapéu e arrecadam cerca de R$ 2 bilhões de ajuda à Síria
Internacional|Do R7

Os países que participaram nesta quarta-feira (30), no Kuwait, da conferência de doadores para a Síria se comprometeram a conceder R$ 2 bilhões (US$ 1 bilhão) ao país, enquanto a oposição denunciava a falta de rigor da comunidade internacional após o choque provocado pela descoberta, na terça-feira, dos corpos de quase 80 manifestantes executados em Aleppo.
Kuwait e Emirados Árabes Unidos anunciaram uma ajuda de R$ 600 milhões (300 milhões de dólares) cada na abertura da conferência, apoiada pela ONU para tentar arrecadar R$ 3 bilhões (1,5 bilhão de dólares).
A Arábia Saudita seguiu os passos e prometeu outros R$ 600 milhões (US$ 300 milhões), segundo uma fonte de um país do Golfo que pediu anonimato.
"O total prometido até agora alcança quase um bilhão de dólares", um valor provisório, segundo a mesma fonte, cerca de R$ 2 bilhões.
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O Bahrein anunciou uma ajuda de R$ 40 milhões (20 milhões de dólares).
A Alemanha informou em um comunicado do ministério das Relações Exteriores o repasse de R$ 26 milhões (10 milhões de euros) e recordou ter proporcionado em 2012 quase R$ 279 milhões (103 milhões de euros).
A Comissão Europeia já havia indicado na terça-feira que anunciaria no Kuwait uma ajuda de R$ 268 milhões (100 milhões de euros), somados a outros R$ 268 milhões já liberados por Bruxelas.
O governo dos Estados Unidos também anunciou na terça-feira uma ajuda de R$ 310 milhões (155 milhões dólares) para os refugiados, o que eleva a R$ 330 milhões (US$ 365 milhões) a ajuda humanitária americana aos sírios.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, fez um pedido de arrecadação de R$ 3 bilhões (1,5 bilhão de dólares) para responder às necessidades humanitárias dos civis sírios.
Quase 60 países participam da conferência apoiada pela ONU, que pretende lançar um grande programa para os 4 milhões de sírios que precisam de ajuda urgente no país.
Na Síria, quase 80 corpos foram achados na terça-feira em um rio de Aleppo, norte do país, e o regime sírio acusou a Frente Al Nosra, grupo de islamitas radicais presente em quase todas as batalhas na Síria, pelas execuções sumárias.
A oposição destacou um "novo massacre" do regime, estimulado pelo "laxismo internacional" e "a extrema complacência" de muitos países.
Esta falta de ação da comunidade internacional dá "luz verde aos atores do genocídio para que continuem", afirmou a coalizão de oposição.
A oposição pediu ao Conselho de Segurança apoio à justiça internacional para que o presidente "Bashar al Assad e todos os que contribuíram para este massacre respondam pelos crimes contra a humanidade" e fez uma nova advertência.
"Os sírios ainda estão muito contidos para evitar cair na armadilha da guerra civil, mas as provocações do regime atingiram um nível perigoso que nenhum humano poderia tolerar", destacou a coalizão opositora.
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