O CIR (Comitê de Instrução da Rússia) abriu nesta segunda-feira (29) uma investigação criminal pelo que chamou de genocídio da população de origem russa das regiões de Donetsk e Lugansk, no leste da Ucrânia, por parte das forças governamentais de Kiev.
"Ditaram ordens dirigidas ao completo extermínio precisamente dos cidadãos falantes de russo que vivem no território das repúblicas de Donetsk e Lugansk", afirmou Vladimir Markin, porta-voz do CIR, ao anunciar a abertura do caso.
Markin garantiu que "o genocídio da população de origem russa" foi cometido por "indivíduos não identificados do alto escalão político e militar da Ucrânia".
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Como resultado, desde 12 de abril e em violação da Convenção de 1948 sobre genocídio e outras leis internacionais, teriam morrido pelo menos 2,5 mil pessoas em Donetsk e Lugansk, acrescentou, ao ser citado pelas agências locais.
Para "o assassinato de cidadãos de origem russa" as forças ucranianas teriam utilizado plataformas de lançamento Grad e Uragan, mísseis da aviação, táticos e outros armamentos pesados "de ação indiscriminada", denunciou.
Na semana passada, a Chancelaria russa denunciou os supostos "crimes de guerra" cometidos contra civis pelas forças governamentais ucranianas durante os combates com as milícias pró-Rússia no leste da Ucrânia.
"Os dados em nosso poder neste momento nos faz supor que foram assassinatos de civis cometidos a sangue frio pelas forças ucranianas", assegurou.
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Esta foi a reação de Moscou após a descoberta por parte dos separatistas de várias valas comuns na região de Donetsk, uma com mais de 30 corpos de civis na cidade de Telmanovsk e outras duas dentro de uma mina com cinco milicianos e quatro civis.
Os separatistas informaram hoje que cerca de 400 corpos, a maioria de civis, estão nos necrotérios da região de Donetsk depois que foram encontrados em diferentes valas comuns desde o início do conflito.
As autoridades ucranianas, por sua vez, dizem ter encontrado três valas comuns em outra cidade da mesma região, Slaviansk, que estava sob controle dos milicianos pró-Rússia até o início de julho.