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Rússia afirma que ataque a porto no sul da Ucrânia destruiu armas ocidentais 

Ofensiva ocorreu um dia após a assinatura de um acordo entre os países para desbloquear as exportações de grãos

Internacional|

Tanque russo em meio à invasão da Ucrânia
Tanque russo em meio à invasão da Ucrânia Tanque russo em meio à invasão da Ucrânia

A Rússia afirmou neste domingo (24) que, no dia anterior, seu ataque com mísseis ao porto de Odessa, no sul da Ucrâbia, vital para a exportação de grãos ucranianos, destruiu armas ocidentais entregues ao seu inimigo, ao responder à indignação da Ucrânia e seus aliados.

O presidente ucraniano Volodmir Zelenski descreveu neste sábado (23) o ataque ao porto do sudoeste do país como "barbárie russa", um dia após a assinatura em Istambul, na Turquia, de um acordo entre os dois países para desbloquear as exportações de grãos.

A Turquia, que intermediou o acordo, disse no sábado que recebeu garantias de que a Rússia "não tem absolutamente nada a ver com o ataque com mísseis de cruzeiro". Mas o Ministério da Defesa russo se retratou neste domingo, dizendo que os mísseis destruíram um navio militar ucraniano e armas fornecidas pelos Estados Unidos.

"Mísseis de longa distância e de alta precisão lançados no mar destruíram um navio militar ucraniano ancorado no porto e caixas de mísseis antinavio entregues pelos Estados Unidos ao governo de Kiev", afirmou.

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O acordo negociado com a ajuda do presidente turco Recep Tayyip Erdogan e do secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, estipula que Odessa é um dos três centros de exportação de grãos designados para que os navios possam transitar por corredores seguros no mar Negro.

No entanto, o ataque põe em risco esse acordo histórico assinado após meses de negociações e que poderia aliviar a crise alimentar mundial.

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"Compromisso" dos exportadores russos

O chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, procurou tranquilizar seus parceiros sobre o futuro das exportações de grãos.

Após uma reunião com o chefe da diplomacia do Egito, Sameh Shukri no Cairo, Lavrov reiterou "o compromisso dos exportadores russos de produtos de cereais de respeitar todas as suas obrigações".

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"O presidente Vladimir Putin destacou isso durante a recente conversa telefônica com o presidente egípcio [Abdel Fatah] al Sissi", acrescentou Lavrov, que viajará na próxima semana para Uganda, Etiópia e Congo.

Até 20 milhões de toneladas de trigo e outros grãos estão bloqueados nos portos ucranianos, especialmente em Odessa, por navios de guerra russos e minas colocadas por Kiev para evitar ataques.

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Autoridades ucranianas disseram que havia grãos armazenados no porto no momento do ataque no sábado, embora os armazéns não pareçam ter sido afetados.

Segundo o governador regional Maksym Marchenko, o bombardeio deixou "várias pessoas feridas", mas ele não forneceu números nem detalhou a gravidade dos feridos.

O pacto selado em Istambul é o primeiro grande acordo entre as partes do conflito desde a invasão russa, em 24 de fevereiro, e era aguardado com ansiedade para ajudar a aliviar a fome que, segundo a ONU, afeta mais de 47 milhões de pessoas devido à guerra.

Após o ataque, Zelenski afirmou que o diálogo com o Kremlin era cada vez mais insustentável e que a capacidade de Moscou de cumprir suas promessas não era confiável.

Contraofensiva em Kherson

Antes de assinar o acordo, a Ucrânia advertiu que daria "uma resposta militar imediata" se a Rússia violasse o pacto e atacasse seus navios ou seus portos. Zelenski disse que a ONU terá que garantir o cumprimento do acordo.

Após o ataque, a Turquia reiterou seu compromisso com o pacto. O acordo de Istambul não impediu a Rússia de continuar bombardeando a linha de frente no fim de semana, informou a Presidência ucraniana neste domingo.

Segundo o governo, quatro mísseis de cruzeiro atingiram áreas residenciais de Mykolaiv no sábado, ferindo cinco pessoas, incluindo um adolescente. Uma autoridade ucraniana disse que a região de Kherson, também no sul do país, seria recuperada por tropas de Kiev em setembro.

A cidade de Kherson caiu para as tropas russas em 3 de março. Essa foi a primeira grande cidade a ser tomada por Moscou desde o início da invasão.

Guerra na Ucrânia faz cinco meses em meio a avanço russo no leste e sem perspectivas de cessar-fogo

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