A Rússia disse nesta quarta-feira (13) que as suspeitas de que estaria usando um comboio de ajuda humanitária para a Ucrânia como disfarce para uma invasão são absurdas.
O Ministério de Relações Exteriores criticou a Austrália por expressar tal preocupação.
"Continuam expressando a alegação absurda de que o comboio humanitário para ajudar a população civil do sudeste da Ucrânia poderia ser usado como pretexto para 'intervenção militar' russa", disse o ministério em comunicado.
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O comboio a chega hoje (13) à fronteira com a Ucrânia e ficará sob controle da Cruz Vermelha Internacional.
Desconfiança
A iniciativa foi recebida com desconfiança e ainda não venceu todas a resistências, principalmente das autoridades ucranianas e da União Europeia, que a consideram um esforço de Moscou para reforçar as forças pró-russas, que mantêm há quatro meses um conflito separatista com Kiev. Segundo as Nações Unidas, o conflito já fez mais de 1.300 mortos e mais de 4 mil feridos, tendo provocado a fuga de 300 mil civis em direção à Rússia e a regiões da Ucrânia.
De acordo com o governo russo, o comboio é composto por 262 caminhões que transportam 400 toneladas de cereais, 100 toneladas de açúcar, 62 toneladas de alimentos para bebês, 54 toneladas de medicamentos, 12 mil sacos-cama e 69 geradores elétricos de diferentes potências.
A iniciativa surge no momento em que o Exército ucraniano aperta o cerco aos focos rebeldes de Donetsk e Lugansk, no âmbito da operação que já causou a morte a 568 militares da Ucrânia.
No sábado (9) passado, o primeiro-ministro separatista, Alexandre Zakhartchenko, reconheceu que Donetsk estava “cercada” e à beira de uma “catástrofe humanitária” e disse estar disposto a declarar um cessar-fogo se o Exército ucraniano parasse com a ofensiva militar.
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