Pelo menos 13 detentos que faziam greve de fome morreram nessa quarta-feira (26) por intoxicação com medicamentos em uma prisão no Sudoeste da Venezuela, informou o governo venezuelano. Houve um total de 145 casos de intoxicação ocorridos na prisão de Uribana, no estado de Lara.
Os detentos começaram a greve de fome no início da semana, em protesto contra o tratamento desumano e violações de direitos humanos de que dizem ser alvo por parte de funcionários das prisões.
Segundo a polícia e a organização não governamental OVP (Observatório Venezuelano das Prisões), o total de mortos chega a 21 — 17 morreram na prisão e quatro na unidade prisional de Tocoron, no estado de Aragua, para onde tinham sido transferidos nas últimas horas.
Em comunicado, o governo informou que as mortes foram causadas pela “ingestão descontrolada” de múltiplos medicamentos, incluindo antibióticos, anti-hipertensivos, antiepiléticos, assim como álcool puro.
Segundo o relatório semestral da OVP, no fim de junho, havia 55.007 detidos nas cadeias da Venezuela, cuja capacidade de lotação é 19 mil. Do universo de detidos, aproximadamente dois terços aguardavam julgamento.
Segundo a ONG, no primeiro semestre de 2014, 150 presos morreram nas prisões da Venezuela, país de 30 milhões de habitantes.
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