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Ucrânia assina acordo comercial com UE; Rússia alerta para "graves consequências"

Em novembro, decisão sobre acordo foi o estopim para os protestos violentos

Internacional|Do R7

Decisão de Yanukovich de estreitar os laços com Moscou em vez de assinar o acordo com a UE desencadeou meses de protesto no país
Decisão de Yanukovich de estreitar os laços com Moscou em vez de assinar o acordo com a UE desencadeou meses de protesto no país

A Ucrânia assinou nesta sexta-feira (27) um acordo de livre comércio e cooperação política com a União Europeia (UE) que tinha sido o estopim de meses de violência e revoltas no país, o que provocou a imediata ameaça russa de "consequências graves".

A Geórgia e a Moldávia assinaram acordos semelhantes, o que aponta para a perspectiva de ampla integração econômica e livre acesso ao mercado da UE, de 500 milhões de habitantes. Os pactos alarmaram o governo russo, que teme perder influência sobre as ex-repúblicas soviéticas.

"Ao longo dos últimos meses a Ucrânia pagou o mais alto preço possível para fazer com que seu sonho europeu se tornasse realidade", disse o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, aos lideres europeus na cerimônia de assinatura em Bruxelas.

O vice-primeiro-ministro da Rússia Grigory Karasin reagiu imediatamente dizendo que haveria "graves consequências" para a Ucrânia, segundo informou a agência russa Interfax.


A decisão do ex-presidente ucraniano Viktor Yanukovich de desistir de assinar o acordo com a UE em novembro, preferindo estreitar os laços com Moscou, desencadeou meses de protesto de rua que, por fim, levaram à sua destituição do poder e fuga do país.

Logo depois, a Rússia anexou a região ucraniana da Crimeia, o que provocou indignação e sanções dos Estados Unidos e da UE.


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