Uma das capas fala sobre a venda de meninas para homens ricos no Oriente Médio
Reprodução/catapult.orgPara comemorar o próximo Dia Internacional da Mulher, a ONG Catapult redesenhou três capas de uma revista feminina para destacar a violação dos direitos humanos contra meninas e mulheres do mundo.
A Catapult é uma plataforma de financiamento público que ajuda a financiar fundos internacionais voltados para a igualdade entre os sexos e os direitos da mulher.
A fundadora do projeto, Maz Kessler, disse que neste ano, queria discutir questões de justiça de gênero e decidiu criar uma paródia das capas das revistas feminina
s com conteúdo diferente do que as leitoras estão acostumadas.
As capas tratam assuntos como a venda de meninas para casamentos arranjados, trabalho escravo e exploração comercial. "Felizmente, estas são revistas falsas. Infelizmente, os problemas são reais", disse Kessler sobre o projeto.
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O slogan da campanha é voltado para que pessoas façam mais do que apenas ler sobre a injustiça. "Faça o Dia Internacional da Mulher mais do que apenas uma matéria de capa".
Segundo dados da ONG, em 2014, 14 milhões de meninas, algumas com apenas oito anos de idade, vão se casar contra sua própria vontade. Estima-se que 1,2 milhões de crianças são traficadas para a escravidão por ano. Deste número, 80% são meninas. Em Nova Iorque, a ONG calcula que a idade média em que uma menina se torna vítima da exploração comercial é 13 anos.