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Hospital recebe banco de pele para vítimas de ataque a creche

Transplante ajudará a combater problemas respiratórios

Minas Gerais|Pablo Nascimento*, do R7 em Belo Horizonte, com RecordTV Minas

Vítimas começaram a chegar em BH, nessa quinta-feira (5)
Vítimas começaram a chegar em BH, nessa quinta-feira (5)

A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica anunciou, nesta sexta-feira (6), que um banco de pele será levado para o Hospital João XXIII, em BH, onde estão internadas oito vítimas do vigia que ateou fogo em uma creche, na cidade de Janaúba, no norte de Minas Gerais. O ataque aconteceu na manhã dessa quinta-feira (5) e, até o momento, deixou nove mortos e 41 feridos internados.

Luciano Chaves, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, esteve no hospital da capital, que é referência em queimaduras, para acompanhar a situação. Ele anunciou a disponibilização de transplante de pele para atender, ao menos, 15 feridos. O material será levado de um banco de peles de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. A maioria das crianças levadas para o Hospital João XXIII tiveram queimaduras graves no corpo e nas vias aéras, o que pode provocar sérios problemas respiratórios.

— A pela é para um tratamento biológico. É um curativo biológico nessas crianças com grandes queimaduras.

Ataque


Segundo testemunhas, o vigia noturno e vendedor de sorvetes Damião Soares Santos, de 50 anos, teria abraçado as crianças com o corpo em chamas, dentro do Centro Municipal de Educação Infantil Gente Inocente, em Janaúba, na região norte de Minas Gerais. Segundo a Polícia Civil, Santos sofria com problemas mentais como delírios. Apesar disso, o crime teria sido premeditado e não teve relação com a doença.

Para atrair os menores, Santos anunciou que distribuiria picolés para eles. Em entrevista ao R7, o prefeito de Janaúba, Carlos Isaildon Mendes (PSDB) disse que não havia motivos para barrar a entrada do vigia na escola, uma vez que ele não estava mais afastado. Segundo a polícia, após voltar de férias, Santos não foi trabalhar, alegando problemas de saúde. Na quinta-feira (5), ele foi chamado para conversar com a diretora e realizou o ataque.


Vítimas

Até o momento, nove pessoas morreram. Entre elas, estão sete alunos, o suspeito do crime e a professora Heley de Abreu Silva Batista, 43 anos, que mesmo com o corpo em chamas, voltou três vezes para salvar as crianças. Dos 41 feridos internados, 15 estão em Montes Claros, 13 em Belo Horizonte, e 13 em Janaúba.


Mortes confirmadas:

Ana Clara Ferreira Silva, de 4 anos

Cecilia Davina Gonçalves dias, de 4 anos

Damião Soares Santos, de 50 anos — suspeito do ataque

Juan Pablo Cruz dos Santos, de 4 anos

Luiz Davi Carlos Rodrigues, de 4 anos

Heley de Abreu Batista, de 43 anos — professora

Renan Nicolas dos Santos Silva, de 4 anos

Ruan Miguel Soares Silva, de 4 anos

Yasmin Medeiros Salvino, de 4 anos

Feridos:

15 internados em Montes Claros

13 internados em Belo Horizonte

13 internados em Janaúba

* Com supervisão de Flávia Martins y Miguel

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