O acidente com um ônibus que causou a morte de 19 pessoas, em João Monlevade, a 115 km de Belo Horizonte, completou cinco meses nesta semana, ainda em investigação. Quarenta e oito pessoas estavam no veículo quando ele caiu da Ponte Torta, na BR-381, enquanto ia de Alagoas para São Paulo.
Segundo a Polícia Civil, os investigadores ainda precisam ouvir pessoas que estão em outro Estado para concluir o inquérito. A corporação não detalhou de quem seriam os depoimentos e quando eles devem ocorrer.
O coletivo pertencia à empresa Localima, do interior de Goiás. A companhia, que mudou de nome após o acidente ocorrido no dia 4 de dezembro de 2020, não estava registrada junto à ANTT (Agência Nacional de Transporte Terrestre) e alegou, na época, que o ônibus havia sido cedido para uma outra empresa.
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Segundo testemunhas, o ônibus perdeu o freio enquanto passava por cima da ponte, voltou de ré na pista que é íngreme e bateu na mutere de proteção, caindo em uma altura de quase 30 metros. Algumas pessoas pularam do veículo antes da queda. Entre elas, o motorista Luiz Viana de Lima. O homem ficou desaparecido e se apresentou à polícia três dias depois dizendo que teve medo de ser linchado.
Das 19 vítimas, 14 foram sepultadas em Alagoas, uma na Bahia e quatro em São Paulo. Um homem de 33 anos foi o último ferido a deixar o hospital, em janeiro deste ano, após passar 41 dias internado. A reportagem tentou contato com a empresa dona do veículo acidentado, mas não teve retorno.