Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Rio descarta cumprir meta de ajuste fiscal

Sem aprovação de medidas na Assembleia, plano de austeridade fica comprometido, diz secretário

Rio de Janeiro|

Um dos trunfos do governo do Rio para começar a sair da crise era aprovar na Assembleia Legislativa o aumento da alíquota previdenciária regular de 11% para 14% e a criação de uma contribuição extra de 8%. Mas uma das contrapartidas do regime à medida ainda não foi aprovada. "Já estamos em abril. São quatro meses de "gap". Isso compromete o ajuste", disse ao Estado o secretário estadual de Fazenda, Gustavo Barbosa.

Segundo o secretário, quando a contrapartida for aprovada, só entrará em vigor após 90 dias, o que significa que, na prática, o primeiro semestre já foi perdido. "O Estado já está em situação completamente falimentar. Quanto maior a postergação, maior o tempo para voltar à normalidade", afirmou.

O governo fluminense já descarta cumprir a meta de ajuste de R$ 26 bilhões em 2017. Para chegar ao ambicioso resultado, precisaria ver aprovadas medidas como o aumento da alíquota previdenciária. O buraco estimado para 2017 é de R$ 22 bilhões, dos quais R$ 12 bilhões de déficit previdenciário.

Pacote

Publicidade

Barbosa reforçou a urgência da votação do Regime de Recuperação Fiscal, que na semana passada teve seu texto-base votado na Câmara dos Deputado após vários adiamentos.

O pacote pretende viabilizar um empréstimo de R$ 6,5 bilhões ao Estado, lastreado na privatização da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) e na antecipação de receitas com nova securitização de royalties futuros do petróleo. Inclui ainda o adiamento do pagamento da dívida com a União por três anos e teto de gastos nos próximos dez anos.

Publicidade

"Entendo que é o caminho, com muita dureza. Você não sai de um déficit abissal sem um ajuste fiscal forte", disse Barbosa. Ele creditou a crise a fatores como recessão, apagão da indústria de óleo e gás em decorrência dos problemas da Petrobrás, queda da arrecadação de royalties, déficit previdenciário e engessamento do orçamento. "Não há como fechar o caixa." 

Em decadência política, Rio viverá uma década de crise

Publicidade

Escândalos de corrupção agravam economia já frágil

‘Governo se pautava por interesse particular, não da sociedade’, diz procurador da República

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.