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Jurados se reúnem para decidir veredicto de Gil Rugai

Eles terão que responder a quatro perguntas sobre o acusado de matar pai e madrasta

São Paulo|Ana Cláudia Barros e Vanessa Rabelo, do R7

Gil Rugai é acusado de matar o pai e a madrasta
Gil Rugai é acusado de matar o pai e a madrasta NELSON ANTOINE/ESTADÃO CONTEÚDO

Depois de encerrada a fase de debates, os sete jurados — cinco homens e duas mulheres — estão reunidos na sala secreta, onde votarão os quesitos que determinarão se Gil Rugai será absolvido ou condenado da acusação de ter matado o pai e a madrasta. As respostas sempre ficam entre “sim” e “não”.

Eles terão duas sequências de quatro perguntas idênticas, a primeira referente a Luiz Carlos Rugai, e a segunda, à Alessandra Troitino. O casal foi morto a tiros em março de 2004 na casa onde moravam e trabalhavam, no bairro de Perdizes, zona oeste de São Paulo.

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Na primeira questão, eles serão indagados se as vítimas sofreram disparos de arma de fogo que provocaram a morte delas. Na sequência, eles serão perguntados se Gil Rugai, acompanhado de um comparsa, atirou contra o casal.

A terceira questão é uma das mais objetivas: “O jurado absolve o acusado?”.


Por último, eles são questionados sobre a motivação do duplo homicídio: “O crime foi cometido por motivo torpe, em razão de o réu ter sido afastado da participação dos negócios da vítima, não se conformando com tal situação?”.

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Relembre o caso

O publicitário Luiz Carlos Rugai, 40 anos, e sua mulher, Alessandra de Fátima Troitino, 33 anos, foram assassinados a tiros dentro da casa onde moravam em Perdizes, zona oeste de São Paulo no dia 28 de março de 2004.

Alessandra foi baleada cinco vezes na porta da cozinha, segundo laudo da perícia. Luiz Carlos teria tentado se proteger na sala de TV. A pessoa que entrou no imóvel naquela noite arrombou a porta do cômodo com os pés e disparou quatro vezes contra o publicitário.

O comportamento aparentemente frio de Gil Rugai, na época com 20 anos, ao ver o pai e a madrasta mortos chamou a atenção da polícia, que passou a suspeitar dele.

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Os peritos concluíram que a marca encontrada na porta arrombada era compatível com o sapato de Rugai, que, ao ser submetido pela Justiça a radiografias e ressonância magnética, teria apresentado lesão no pé direito.

Na mesma semana do duplo homicídio, os policiais encontraram no quarto do rapaz um certificado de curso de tiro e um cartucho 380 deflagrado, o mesmo calibre da arma usada no assassinato do casal.

As investigações apontaram ainda que ele teria dado um desfalque de R$ 228 mil na empresa do pai, a Referência Filmes, falsificando a assinatura do publicitário em cheques da firma. Poucos dias antes do assassinato, ele foi expulso de casa.

Um ano e três meses após o duplo homicídio, uma pistola foi encontrada no poço de armazenamento de água de chuva do prédio onde o rapaz tinha escritório, na zona sul. Segundo a perícia, seria a mesma arma de onde partiram os tiros que atingiram as vítimas.

Rugai responde pelo crime em liberdade e está sendo julgado por duplo homicídio qualificado por motivo torpe e por estelionato, em razão do desfalque dado na produtora do pai. 

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