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Um mês após crime, assassino do menino Brayan continua foragido 

Criança boliviana de 5 anos foi morta com tiro na cabeça na zona leste de São Paulo 

São Paulo|Do R7

Pais voltaram para Bolívia para enterrar o filho e decidiram não voltar mais para o Brasil
Pais voltaram para Bolívia para enterrar o filho e decidiram não voltar mais para o Brasil

O assassino do menino Brayan continua foragido em São Paulo. O boliviano de cinco anos foi morto com um tiro na cabeça. O acusado pelo assassinato é Diego Rocha de Freitas Campos, de 20 anos, procurado pela polícia há um mês.

Os pais de Brayan, Verônica Capcha Mamani e Edberto Yanarico Capcha Mamani, voltaram para Bolívia para enterrar o filho e decidiram não voltar mais para o Brasil.

Prisões

Os três suspeitos que já foram presos pela polícia disseram que foram assaltar os bolivianos porque sabiam que eles não tinham conta bancária e guardavam dinheiro em casa. O menino Brayan Yanarico Capcha, de cinco anos, foi morto com um tiro na cabeça porque chorava muito e os pais não tinham mais dinheiro. A quadrilha roubava motos na zona leste e na marginal Tietê.


No dia 30 de junho, a polícia prendeu o terceiro suspeito de participar do bando que matou Brayan. Trata-se de um adolescente de 17 anos, que chegou a ser apontado como o autor do tiro. Mas ele e os outros dois presos afirmaram à polícia que o autor do disparo foi Diego Freitas Campos, de 20 anos. À polícia, disseram que "não entenderam" a atitude do comparsa, que está foragido. Também confessaram ter tentado matar o comparsa. Ao ser detido, o menor carregava R$ 990.

O outro foragido, além de Campos, é Wesley Pedroso, também de 19 anos. Neste domingo, a polícia chegou a entrar na casa onde os dois estavam escondidos, perto do Parque do Carmo, na zona leste de São Paulo, mas eles fugiram pulando o muro. A casa tinha três pit bulls, o que dificultou o trabalho da polícia.


Na tarde de 1ºde julho, um homem foi detido suspeito de ser o atirador, o que não foi confirmado. Ele já foi liberado.

Antes de ser baleado, menino boliviano entregou aos criminosos dinheiro de seu presente de aniversário


Segundo o delegado Antônio Mestre Junior, o adolescente e outros dois acusados que já estavam presos — Paulo Henrique Martins, de 19 anos, e Felipe dos Santos Lima, de 18, o Tripa — confessaram o crime. Segundo a SAP (Secretaria de Administração Penitenciária), Campos fugiu em maio do CDP (Centro de Detenção Provisória) Franco da Rocha, onde cumpria pena por roubo. Ele deixou o presídio durante a saída temporária do Dia das Mães e não retornou.

O crime

Na madrugada de 28 de junho, o bando invadiu a casa dos pais de Brayan, em São Mateus, na zona leste, para fazer um assalto. Os bandidos já haviam pegado R$ 4,5 mil, quando o menino começou a chorar. Irritado com a reação da criança e com o fato de os pais não terem mais dinheiro, Diego Freitas Campos, de 19 anos, teria atirado na cabeça de Bryan. Antes, o menino implorou: "Não quero morrer, não matem minha mãe". Mas o ladrão, que havia mandado a mãe calar a criança, apertou o gatilho.

Antes de levar um tiro na cabeça, o menino Brayan havia entregado aos assaltantes as moedinhas que mantinha em um pequeno cofre em casa. Segundo a advogada Patrícia Veiga, representante do Consulado da Bolívia que ajudou a família do garoto a resolver a burocracia relacionada ao traslado do corpo, Brayan chegou a dizer "toma la plata (pegue o dinheiro)" aos bandidos ao entregar sua pequena economia — o que não evitou que fosse morto.

Outros bolivianos que estavam no velório do garoto neste domingo (30), no cemitério São Judas Tadeu, em Guarulhos, fizeram uma vaquinha para arrecadar fundos à família, que voltou para a Bolívia sem um tostão, uma vez que a economia feita em seis meses, R$ 4,5 mil, foi levada. Os conterrâneos dos pais do garoto foram ao velório em ônibus alugados pelo consulado, que também arcou com os custos do traslado do corpo de volta à Bolívia. O embarque aconteceu na última segunda-feira (1º).

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