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Família expõe drama da filha com campanha por doação de órgãos

Menina nasceu com cardiomiopatia hipertrófica e precisa de um coração

Saúde|

Vivendo o drama da espera por um doador para salvar a vida da filha, acometida de uma doença grave no coração, a família da pequena Heloísa Aleixo dos Santos, de dois meses de idade, residente em Pilar do Sul, região de Sorocaba, lançou uma campanha nas redes sociais para incentivar a doação de órgãos. Até a tarde desta quarta-feira (9), quase vinte mil internautas tinham apoiado a campanha "Um coração para Heloísa". A criança está na fila do transplante de coração desde a segunda-feira (7).

O bebê nasceu com cardiomiopatia hipertrófica, doença que provoca crescimento desproporcional no músculo cardíaco dificultando o bombeamento do sangue. No caso dela, só o transplante resolve. De acordo com a mãe, a dona de casa Lidiane dos Santos, a família não quer arrecadar dinheiro, nem furar a fila do transplante. "Tudo o que queremos expondo o nosso drama é conscientizar as pessoas sobre a importância de serem doadores de órgãos", disse.

A doença foi diagnosticada no quinto mês de gestação. O bebê nasceu em maio, prematuro de sete meses, e permaneceu internado por quase duas semanas no Hcor (Hospital do Coração), em São Paulo. A criança estava saudável e, como alguns casos dispensam a necessidade de tratamento contínuo, Heloísa recebeu alta. Um mês depois, a criança passou mal, vomitou e tinha dificuldade para respirar. Os médicos verificaram que o caso tinha se complicado e determinaram nova internação.

De acordo com a cardiologista Ieda Jatene, responsável pelo setor de cardiopediatria do Hcor, a criança apresentou a doença nos dois lados do coração. Nesse caso, a única solução é o transplante. Lidiane e o marido, o comerciante Erik dos Santos, deixaram Pilar do Sul e passaram a morar numa pousada próxima do hospital. A primeira filha do casal, Maria Clara, de 5 anos, os acompanha.

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Heloísa se alimenta por meio de sonda e permanece sedada para melhor controle dos batimentos cardíacos. Caso surja um doador, ela precisa estar saudável para receber o novo coração. O órgão precisa ser de uma criança de até um ano com peso em torno de 12 quilos e que tenha sangue tipo A positivo.

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"Infelizmente, é preciso que outra criança tenha morte cerebral para que o transplante seja viável. É terrível pensar que haverá uma família enlutada para dar vida à nossa filha, mas é a realidade", diz a mãe. Segundo ela, a campanha pela doação de órgãos vai continuar mesmo depois que Heloísa esteja curada.

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— Vamos continuar com essa bandeira para que outros pais em situação semelhante possam sonhar com um final feliz.

De acordo com o Núcleo de Cistinose e Doenças Raras de Sorocaba, a cardiomiopatia hipertrófica atinge uma em cada 500 pessoas e, embora grave, não é considerada doença rara - quando há um caso para 1.538 pessoas, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde). O caso de Heloísa, segundo o Núcleo, torna-se raro por exigir transplante numa faixa etária específica.

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