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O que são e como reconhecer os alimentos ultraprocessados

Essa categoria de produtos contém diversos aditivos químicos que não são encontrados na cozinha e fazem mal à saúde

Saúde|Carla Canteras, do R7

Qualquer aditivo transforma um alimento em ultraprocessado
Qualquer aditivo transforma um alimento em ultraprocessado Qualquer aditivo transforma um alimento em ultraprocessado

Muito além dos hambúrgueres de caixinha, dos pacotes de salgadinhos ou dos sucos em pó, os alimentos ultraprocessados lotam as gôndolas dos supermercados e chamam a atenção da população pela propaganda massiva e, principalmente, por serem mais baratos que os produtos in natura ou minimamente processados.

É importante destacar que até produtos considerados saudáveis, como pães integrais, iogurtes e sucos, podem ser classificados como ultraprocessados.

A recomendação do Guia Alimentar para a População Brasileira, documento do Ministério da Saúde, é que esse tipo de alimento não seja consumido, já que é altamente prejudicial à saúde.

“São ricos em gorduras ou açúcares e, muitas vezes, simultaneamente ricos em gorduras e açúcares. É comum que apresentem alto teor de sódio, por conta da adição de grandes quantidades de sal, necessárias para estender a duração dos produtos e intensificar o sabor, ou mesmo para encobrir sabores indesejáveis oriundos de aditivos ou de substâncias geradas pelas técnicas envolvidas no ultraprocessamento”, descreve o manual.

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A pesquisadora do Nupens/USP (Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo) Ana Paula Bortoletto ensina a reconhecer os produtos.

“É importante ler a lista de ingredientes para identificar, por exemplo, se tem farinha, óleo, açúcar. Aqueles ingredientes que fazem parte da culinária que usamos em nossa casa. Mas também de outros nomes de substâncias, extratos, aditivos que descaracterizam o alimento que usamos na nossa casa, que é o que chamamos de alimentos ultraprocessados.”

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A indústria usa inúmeros aditivos que podem estar discriminados na lista de ingredientes, como xarope de glicose, extrato de proteína, emulsificante, corante, adoçante, gordura hidrogenada, aromatizantes amido modificado.

A função desses aditivos é mascarar o sabor da industrialização. “Costumamos chamar os aditivos alimentares que mudam a característica dos alimentos de aditivos alimentares cosméticos, pois é como se fossem uma maquiagem mesmo”, alerta Ana Paula.

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Por que essas substâncias fazem mal?

O Guia Alimentar explica que os processos usados para prolongar a validade do produto são o mais prejudicial.

“Para que tenham longa duração e não se tornem rançosos precocemente, os alimentos ultraprocessados são frequentemente fabricados com gorduras que resistem à oxidação, mas que tendem a obstruir as artérias que conduzem o sangue no nosso corpo.”

Além disso, eles são pobres em fibras — essenciais para a prevenção de doenças do coração, diabetes e vários tipos de câncer — e em vitaminas, minerais e outras substâncias com atividade biológica que estão presentes em alimentos in natura ou minimamente processados.

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