Pessoas excessivamente preocupadas com o que come diariamente com hábitos alimentares radicais podem sofrer de ortorexia, transtorno psiquiátrico que decorre da obsessão em relação à alimentação.
De acordo com a médica Elisabete Almeida, diretora-executiva do programa Meu Prato Saudável — uma parceria do Incor, do HC, com LatinMed —, um dos sinais do transtorno é por exemplo, conferir um a um os nutrientes e calorias de cada alimento, além de deixar de comer fora de casa e preferir exclusivamente os alimentos ditos “naturais”.
Para ela, modismos alimentares, o culto ao corpo e a excessiva publicidade de produtos supostamente saudáveis ou enriquecidos podem ser algumas das causas da doença.
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— Os ortoréxicos costumam levar essas tendências a níveis extremos.
Assim como tudo na vida, é preciso evitar excessos, mesmo quando se trata de saúde, de acordo com a especialista.
— Se virar obsessão, certamente será mais prejudicial do que benéfico.
Segundo a médica, a não ser que haja alguma restrição nutricional específica, não há alimento proibido. E comer de forma saudável deve ser um hábito natural, de preferência adquirido desde a infância.
— Preocupar-se com a alimentação saudável é diferente de ser ortoréxico. A diferença está no grau de preocupação com o alimento ingerido e na restrição de nutrientes que são essenciais ao organismo”, conclui Elisabete.