Logo R7.com
Logo do PlayPlus

Oncologistas criticam liberação da fosfoetanolamina

Especialistas afirmam que houve muita influência pública e decisão não foi técnica

Saúde|Do R7

A fosfoetanolamina ainda é motivo de muita polêmica
A fosfoetanolamina ainda é motivo de muita polêmica

A liberação da fosfoetanolamina foi criticada por especialistas da área de oncologia. "Os legisladores estão decidindo sobre o que não têm conhecimento e competência. Essa decisão desmoraliza o Ministério da Saúde, a Anvisa, a ciência e o País. É uma medida baseada em pressão pública e não técnica. Vamos continuar lutando para que os pacientes tenham uma saúde melhor e não que coloque vidas em risco", diz Gustavo Fernandes, presidente da SBOC (Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica).

Fernandes diz ainda que os resultados dos estudos do MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação), que apontaram que a "pílula do câncer" não contém fosfoetanolamina pura e que ela não apresentou eficácia em testes in vitro, deveriam ter sido levados em consideração pelos senadores. "Os dados preliminares apontam para um não funcionamento. A classe política decepcionou mais uma vez."

Conselho de medicina de SP recomenda que médicos não receitem 'pílula do câncer'

Pesquisa com 'pílula do câncer' não terá pacientes terminais


Presidente da Oncoguia, organização não governamental que oferece apoio e orientação para pacientes com câncer, Luciana Holtz diz que a decisão não deve ser comemorada. "A 'fosfo' ainda é uma grande incerteza e nós precisamos de uma bula com informações, não em branco." Ela cobra atenção para outras questões relacionadas à doença. "A gente espera que o Legislativo seja atencioso com outras demandas, já que estão demonstrando interesse pelo tema do câncer."

Auro del Giglio, chefe do Departamento de Oncologia Clínica do IBCC (Instituto Brasileiro de Controle do Câncer), diz que a medida pode atrapalhar o tratamento, visto que pacientes podem trocar medicações tradicionais pela pílula, mas que os profissionais podem impedir isso. "Não estamos acostumados a prescrever algo possível de ser prescrito, mas o que acreditamos ter eficácia."


Pacientes com câncer lutam pelo direito de ter acesso à pílula da USP contra a doença

"Ela pedia para morrer antes da pílula da USP", diz marido de idosa com câncer

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.