O número de procedimentos diagnósticos de câncer de mama (mamografia convencional bilateral e mamografia digital bilateral) aumentam 19% em outubro, em comparação com os outros meses do ano, mostra uma pesquisa da Orizon – empresa de consultoria de saúde. O crescimento se deve ao Outubro Rosa, movimento popular internacional que promove a conscientização sobre a importância da detecção precoce da doença, explica Luciana Holtz, presidente do Instituto Oncoguia. — A mensagem do Outubro Rosa é muito séria e a gente percebe que há uma maior procura por informação neste mês. Muitas empresas também estão participando de campanhas e a mídia está presente em peso. Ainda temos muitos desafios de acesso aos exames, falta de informação e mais da metade das mulheres acabam descobrindo o câncer já avançada. É preciso que as mulheres tenham essa consciência de protagonista da própria saúde, que conheçam seu corpo, seu histórico familiar, tudo isso ajuda no diagnóstico precoce.4 em 10 diagnósticos de câncer de mama foram feitos antes dos 50, mostra estudoA tatuagem de uma mulher com câncer da mama que se tornou viral na internet O levantamento da Orizon foi feito nos anos de 2013, 2014 e 2015, com base no maior banco de dados da saúde suplementar do país, que contempla 18 milhões de vidas, o que corresponde a 30% do total de brasileiros com acesso a planos de saúde. O Câncer de Mama é o tipo mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil e responde por 25% dos casos novos a cada ano, segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer). A estimativa, também do INCA, é o surgimento de 57.960 novos casos da doença durante este ano. Mas se engana quem pensa que esta é uma doença que acomete apenas as mulheres. Segundo dados da Orizon, 3,25% dos casos de câncer de mama diagnosticados nos anos de 2014 e 2015 foram em beneficiários do sexo masculino. “Constatamos ainda que eles têm se preocupado cada vez mais com a doença. Em 2013, 2031 homens se submeteram aos exames que detectam o câncer de mama, (1% do total de procedimentos realizados). Em 2014 foram 3249 (1,16% do total) e, em 2015, o número de casos subiu para 3750 (1,19% do total)”, revela o pesquisador da Orizon, Bruno Luiz de Carvalho.