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Quer começar a malhar? Avaliação médica é essencial para evitar problemas de saúde

Médica explica que exames ajudam a identificar a limitação de cada pessoa

Saúde|Do R7*

Quem tem uma vida saudável e não apresenta nenhum fator de risco também deve prestar atenção em seu preparo físico
Quem tem uma vida saudável e não apresenta nenhum fator de risco também deve prestar atenção em seu preparo físico Quem tem uma vida saudável e não apresenta nenhum fator de risco também deve prestar atenção em seu preparo físico

Com a chegada do verão, homens e mulheres não perdem tempo e correm para a academia para eliminar as gordurinhas indesejadas. Mas, antes de começar a malhação a todo o vapor, é preciso ter alguns cuidados com a saúde. A avaliação médica pode ser muito importante antes de iniciar uma rotina de exercícios, alerta a professora Cláudia Forjaz, da Escola de Educação Física e Esporte da USP (Universidade de São Paulo).

— O teste ergométrico é recomendado para avaliar o nível de aptidão física da pessoa e para prescrever o exercício físico. Ele ajuda a identificar as limitações de cada um, principalmente, para quem tem problemas cardíacos, ou seja, apresentam alterações na função cardíaca. Para os pacientes cardiopatas, o teste é obrigatório antes de se iniciar um programa de treinamento físico, pois ele permite avaliar os limites de segurança, acima dos quais os riscos à sua saúde aumentam. No entanto, se a pessoa não tiver alterações, significa que mesmo sendo cardiopata, o exercício poderá ser executado.

A recomendação também serve para obesos, portadores de diabetes, hipertensão, colesterol alto e tabagismo. Por esses quadros potencializarem as chances de ter algum tipo de doença cardíaca, o teste ergométrico tem o objetivo de identificar, de forma ampla, alguma alteração na frequência cardíaca, pressão arterial e no eletrocardiograma, durante e após o esforço física.

— Pessoas com algum desses fatores de risco que queiram praticar atividades um pouco mais intensas devem fazer antes uma avaliação médica. Assim, se elas tiverem um problema cardíaco, o teste pode detectar ajudando numa prescrição mais segura e evitando acometimentos. Porém, se ele não tiver um problema cardíaco, o teste pode ajudar numa prescrição mais precisa. No entanto, se ela não fizer o teste, ela terá uma prescrição menos precisa.

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Quem tem uma vida saudável e não apresenta nenhum fator de risco também deve prestar atenção em seu preparo físico. Segundo o presidente Gilberto José Bertevello, presidente do Sindicato das Academias de São Paulo, as academias realizam uma avaliação física, como forma de identificar o grau do condicionamento físico (fraco ou forte) e sedentarismo de cada um.

— Esse procedimento ajuda na prescrição da rotina de exercícios e na dosagem de sua intensidade. No entanto, não existem maneiras de se fazer essa avaliação e não há uma rotina pré-estabelecida do que é mais adequado ou ideal.

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Cuidado

Durante a prática dos exercícios, a professora Cláudia diz que sintomas, como aperto no peito, falta de ar, tontura, desmaios e cansaço muito forte não devem ser ignorados.

— Nosso corpo foi feito para não sentir nada. Se você sente, é porque algo não está bem. E se não está, é preciso investigar e descobrir o que é. Às vezes, esses sinais podem indicar algum problema no coração que a pessoa desconhece.

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Os exercícios físicos só podem ser retomados após a avaliação e liberação do médico, avisa a especialista.

Mal súbito

Recentemente, houve casos de jovens que morreram de mal súbito. De acordo com a professora Cláudia, o mal súbito — quando alguém tem um problema cardiovascular e desfalece de uma hora para outra — é normalmente causado por um AVC (acidente vascular cerebral) ou parada cardíaca.

— Estes eventos normalmente ocorrem em pessoas que têm alguma doença cardíaca. Assim, quando o cardiopata pratica algum exercício físico inadequado - intenso demais para sua condição, as chances de acontecer um evento cardiovascular — parada cardíaca, infarto ou AVC — são maiores. No entanto, algumas pessoas podem não ter o diagnóstico de cardiopatia, mas ter a doença subclínica, ou seja, presente no organismo, mas ainda não identificada.

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Ainda de acordo com a professora de educação física, o uso de anabolizantes e drogas, como a cocaína, também podem levar a problemas cardíacos e ao mal súbito.

— O uso de droga perante um estímulo do exercício físico aumenta o risco de uma parada cardíaca.

Preparação das academias

Bertevello explica que “ninguém ou nenhuma empresa está preparada para enfrentar uma situação que envolva morte súbita”.

— As academias estão sempre prontas para fazer o pronto-socorro de qualquer mal estar que possa ocorrer com os seus clientes, assim como as escolas, cinemas e shopping centers. A preocupação em evitar consequências nefastas é grande, pois pode causar a morte do seu empreendimento. Ninguém quer isso.

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O presidente ainda explica que as noções de pronto-socorro e a atenção redobrada nas atividades físicas dos seus clientes são ensinadas durante a formação do profissional de educação de física. 

*Camila Savioli, estagiária do R7

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