Alckmin diz que indústria brasileira vai se desenvolver para fora do eixo Rio-São Paulo
Vice-presidente falou sobre agroindústria e saiu em defesa de medidas voltadas para o setor para fortalecer a economia em 2024
Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília
O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, defendeu nesta quarta-feira (7) que a indústria brasileira se desenvolva também fora do eixo Rio de Janeiro-São Paulo. Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, ele anunciou medidas voltadas para o setor, para fortalecer a economia durante o ano de 2024.
"São quatro pilares da nova indústria no Brasil: inovação, sustentabilidade, exportadora e produtiva. Então vai descentralizar, até porque vai crescer muito a agroindústria. Se somos muito competitivos na agricultura, temos uma vantagem competitiva, vai ter crescimento grande na agroindústria. Um dos exemplos é o biocombustível, que vai abrir uma oportunidade enorme de novas fábricas, aliás, já estão sendo inauguradas", disse Alckmin.
"O presidente Lula voltou no ano passado para B12 e agora em março para B14. Onde tem soja, vai ter fábrica processadora de soja, fabricando o biocombustível. Mamona, girassol, dendê, tem uma oportunidade enorme de agroindústria. Tem outros exemplos, com o etanol, em que se trabalha para mudar de 27% para 30% na gasolina. É uma demanda de 10% a mais. Etanol de cana e agora etanol de milho. Começa no Maranhão uma grande fábrica de etanol de milho", completou.
As declarações foram dadas por Alckmin durante programa da TV Brasil. O vice-presidente lembrou do programa Brasil Mais Produtivo, que busca promover um salto tecnológico de micro, pequenas e médias empresas industriais. Os investimentos para engajamento digital de 200 mil companhias são de R$ 2 bilhões.
De acordo com o governo, o programa Brasil Mais Produtivo vai contar com quatro modalidades de atendimento até 2027. São elas: plataforma de produtividade, diagnóstico estratégico de gestão, otimização de processos industriais e transformação digital.
"Nós vamos ter um bom ano. O Nordeste brasileiro, em especial o Ceará, tem muita energia eólica e solar, que são renováveis, limpas. Aliás, o Brasil é o campeão do mundo em energia limpa. Eu vou ter que trocar o combustível fóssil, do petróleo, por uma nova rota tecnológica, que é o hidrogênio verde. Vamos ter uma grande possibilidade de produção de hidrogênio verde", exemplificou.
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Em outro momento da entrevista, Alckmin citou o mercado de carbono. "O Brasil passa a ser um grande protagonista, em que abre uma possibilidade de investimento muito grande. Vai ter um mercado regulado de carbono. Se uma indústria emite mais do que o estabelecido pela regra, ela vai ter que ficar mais cara, vai ter que comprar crédito de carbono. Se eu tenho uma indústria no Pará, por exemplo, que emite menos, ela vai ter crédito de carbono que vai poder comercializar. Então vamos ter uma vantagem comparativa que vai ajudar bastante", afirmou o vice-presidente.