Bolsonaro critica política de preços dos combustíveis da Petrobras
Segundo o presidente, combustível mais caro vai puxar alta no preço de passagens de transportes urbanos nas próximas semanas
Brasília|Augusto Fernandes, do R7, em Brasília
O presidente Jair Bolsonaro criticou nesta sexta-feira (26) a política adotada pela Petrobras para definir o preço de comercialização dos combustíveis no Brasil, a PPI (política de paridade internacional). A medida faz com que os preços da gasolina, do etanol e do óleo diesel acompanhem a variação do valor do barril de petróleo no mercado internacional, bem como a do dólar.
"Entre outros problemas, é o ICMS? Sim. Agora, qual o grande problema? Paridade com o preço internacional. Por quê? Somos obrigados a importar em torno de 25% de diesel e gasolina", reclamou Bolsonaro, durante uma entrevista coletiva após um compromisso oficial no Rio de Janeiro.
Em 2021, a Petrobras aumentou o preço da gasolina 11 vezes, e o preço do diesel também subiu em nove ocasiões. Segundo Bolsonaro, por causa desses reajustes, as passagens de transportes urbanos ficarão mais caras nas próximas semanas.
"Documentos e informações [indicam] que teremos alta considerável no preço de passagens de transportes urbanos. Vai bater diretamente na vida do mais pobre, mais necessitado", disse o presidente.
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Não é a primeira vez que o presidente faz críticas à Petrobras. No dia 8 deste mês, Bolsonaro afirmou que acha os dividendos da empresa muito altos. "Os dividendos são, no meu entender, absurdos. Trinta e um bilhões [de reais] em três meses. Eu não quero na parte da União ter esse lucro fantástico", afirmou. No fim de outubro, Bolsonaro já havia dito que a Petrobras não poderia dar um lucro muito alto, causando impacto negativo no mercado financeiro. A petrolífera registrou lucro de R$ 31,14 bilhões no terceiro trimestre deste ano.