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R7 Brasília

Brasil acerta ao não reconhecer vitória de Maduro sem divulgação de atas, diz Padilha

Ministro também informou que Lula não vai conversar diretamente com Maduro sem os governos da Colômbia e do México

Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília


Paz na Venezuela interessa ao Brasil, diz Padilha Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil - 31.7.2024

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, elogiou nesta sexta-feira (9) a postura do governo brasileiro de não reconhecer a suposta reeleição do presidente venezuelano, Nicolás Maduro. Padilha também informou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não vai conversar diretamente com o chavista sem a participação dos governos da Colômbia e do México — havia a expectativa de uma ligação telefônica entre o petista e Maduro, o que ainda não ocorreu.

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“O governo brasileiro e o presidente Lula estão tendo uma postura muito firme e correta, de uma ação articulada com Colômbia e México, de não reconhecer o resultado eleitoral enquanto não forem entregues e evidenciadas as atas”, declarou o ministro a jornalistas, depois de seminário da Previ (Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil), no Rio de Janeiro (RJ).

Os governos de Brasil, Colômbia e México emitiram duas notas conjuntas em defesa da apresentação das atas das eleições, com os dados completas das urnas — o primeiro texto é de 1º de agosto, quatro dias depois das eleições venezuelanas, e o segundo comunicado foi divulgado nessa quinta (8).

“O presidente Lula vai continuar dialogando com o presidente do México, [López Obrador], e o presidente da Colômbia [Gustavo Petro]. Qualquer passo em relação à Venezuela vai ser feito de forma conjunta. Qualquer contato e conversa”, acrescentou Padilha, ao afirmar que a posição dos líderes latinos foi “elogiada no mundo inteiro”.


“O presidente Lula, Brasil, México e Colômbia estão na posição correta de quem quer ser mediador, de quem quer a paz e tranquilidade naquele país”, completou.

Embora Lula tenha declarado que não há nada “anormal” nem “grave” no processo eleitoral do país vizinho, a posição oficial do Executivo é de não endossar nem refutar a vitória de Maduro enquanto as autoridades venezuelanas não divulgarem as informações.


A reeleição do chavista é contestada por parte da comunidade internacional e pela oposição venezuelana, representada no pleito de 28 de julho pelo candidato Edmundo González.

Padilha também destacou que interessa ao Brasil que a solução para o impasse na Venezuela seja pacífica. “A maior preocupação do Brasil é que tenha paz na Venezuela. É um país vizinho ao nosso, onde o Brasil mais vende do que importa, então paz e desenvolvimento naquele país são bons para gerar emprego e renda no Brasil. Ninguém quer conflito num país vizinho. Essa ação articulada é fundamental pra isso”, concluiu o ministro.

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