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R7 Brasília

Brasil exalta cessar-fogo na Faixa de Gaza e pede libertação de todos os reféns

Em nota, governo voltou a defender criação de um Estado da Palestina ‘independente e viável’; acordo foi anunciado nesta quarta

Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília

Consenso foi mediado por Catar, Egito e EUA Reprodução/Record News - 15.01.2025

O governo brasileiro exaltou o cessar-fogo entre Israel e o grupo terrorista Hamas anunciado nesta quarta-feira (15). Em nota, o MRE (Ministério das Relações Exteriores) defendeu a libertação de todos os reféns da guerra, desencadeada em outubro de 2023. Hamas e Israel chegaram a um consenso nesta quarta, após mediação de Catar, Egito e Estados Unidos. O confronto matou 46 mil palestinos, 1.200 israelenses, 160 jornalistas e 265 pessoas ligadas à ONU (Organização das Nações Unidas).

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“O Brasil exorta as partes envolvidas a respeitarem os termos do acordo e a garantirem a cessação permanente das hostilidades, a libertação de todos os reféns e a entrada desimpedida de ajuda humanitária a Gaza, assim como a assegurarem as condições necessárias para o início do urgente processo de reconstrução de sua infraestrutura civil”, escreveu o Itamaraty.

O acordo conta com três etapas e a primeira parte prevê a liberação de 33 reféns, entre mulheres e crianças, em troca de mil prisioneiros palestinos. A expectativa é que os sequestrados comecem a ser libertos no domingo (19).

No texto, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender a criação de um Estado palestino, “independente e viável”. A medida faz parte da chamada solução de dois Estados — o Estado de Israel existe desde 1948.


“O Brasil apela pela retomada imediata do processo de paz entre israelenses e palestinos e reitera seu compromisso com a solução de dois Estados, com um Estado da Palestina independente e viável, vivendo lado a lado com Israel, em paz e segurança, dentro das fronteiras de 1967, que inclui a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, tendo Jerusalém Oriental como sua capital”, completou o MRE (leia a nota na íntegra abaixo).

As forças militares israelenses devem iniciar a movimentação de saída da Faixa de Gaza em breve. As negociações do acordo ocorreram em Doha, no Catar, e contaram também com a mediação da equipe do presidente dos EUA, Joe Biden, e do presidente eleito Donald Trump — que toma posse na próxima segunda-feira (20).


Lula comemorou o cessar-fogo, elogiou o acordo e pediu a libertação dos prisioneiros de guerra. “Após tanto tempo de sofrimento e destruição, a notícia de que um cessar-fogo em Gaza foi finalmente negociado traz esperança. Que a interrupção dos conflitos e a libertação dos reféns ajudem a construir uma solução duradoura que traga paz e estabilidade a todo Oriente Médio”, escreveu.

Nota completa do MRE

O governo brasileiro tomou conhecimento, com grande satisfação, do anúncio, pelos governos do Catar, do Egito e dos Estados Unidos, de cessar-fogo na Faixa de Gaza. Se confirmado oficialmente pelas partes envolvidas, o acordo interrompe conflito que, em 15 meses, vitimou fatalmente mais de 46 mil palestinos, com grande proporção de mulheres e crianças, e mais de 1.200 israelenses, além de mais de 160 jornalistas e 265 funcionários das Nações Unidas. O conflito causou ainda o deslocamento forçado de centenas de milhares de pessoas e a destruição da infraestrutura do território palestino, incluindo hospitais e escolas, gerando danos indiretos incalculáveis para gerações atuais e futuras.


O Brasil exorta as partes envolvidas a respeitarem os termos do acordo e a garantirem a cessação permanente das hostilidades, a libertação de todos os reféns e a entrada desimpedida de ajuda humanitária a Gaza, assim como a assegurarem as condições necessárias para o início do urgente processo de reconstrução de sua infraestrutura civil.

O Brasil apela pela retomada imediata do processo de paz entre israelenses e palestinos e reitera seu compromisso com a solução de dois Estados, com um Estado da Palestina independente e viável, vivendo lado a lado com Israel, em paz e segurança, dentro das fronteiras de 1967, que inclui a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, tendo Jerusalém Oriental como sua capital.

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