Casa Branca confirma presença de Joe Biden no G20 no Rio de Janeiro
Cúpula de líderes ocorre em 18 e 19 de novembro na capital fluminense; partido de presidente dos EUA foi derrotado nas eleições
Internacional|Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília
A Casa Branca confirmou nesta quinta-feira (7) a presença do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, na cúpula de líderes do G20, que ocorre no Rio de Janeiro em 18 e 19 de novembro. O grupo, que reúne as maiores economias mundiais, é comandado pelo Brasil neste ano. A vinda de Biden será mantida apesar da derrota democrata nas eleições norte-americanas de terça (5). O ex-presidente Donald Trump superou a democrata e vice de Biden, Kamala Harris.
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A informação foi dada nesta quinta (7) pela porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, em coletiva de imprensa, que também confirmou Biden na reunião de líderes econômicos da Apec (Cooperação Econômica Ásia-Pacífico), em Lima, no Peru, neste mês.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também iria ao fórum em Lima, mas cancelou a viagem depois de cair no banheiro do Palácio da Alvorada, residência oficial da presidência, e cortar a nuca, em 19 de outubro. Foi a quarta viagem internacional suspensa pelo petista.
Lula vai ao G20 no Rio de Janeiro. A previsão é que o presidente brasileiro participe da cúpula social do fórum em 16 de novembro. Essa parte da conferência foi criada pela presidência brasileira do grupo.
Pronunciamento após derrota
Biden falou publicamente pela primeira vez após a vitória de Trump na eleição presidencial. Em um pronunciamento na Casa Branca, no começo da tarde desta quinta (7), o democrata reforçou o que já havia dito ao republicano por telefone na quarta (6).
“Ontem, falei com o presidente eleito Trump, parabenizei-o por sua vitória e assegurei que direcionarei toda a minha administração para trabalhar com sua equipe para garantir uma transição pacífica e ordenada. É isso que o povo americano merece. [...] Para alguns, é um momento de vitória, para afirmar o óbvio. Para outros, é um momento de perda, campanhas ou disputas de visões concorrentes. O país escolhe uma ou outra. Nós aceitamos a escolha que o país fez”, destacou.
A posse de Donald Trump como 47º presidente dos Estados Unidos ocorrerá no dia 20 de janeiro de 2025. Biden defendeu o sistema eleitoral do país, alvo de críticas do ex-presidente. “Espero que possamos deixar de lado a questão sobre a integridade do sistema eleitoral americano. Ele é honesto, justo, transparente e pode ser confiável, ganhando ou perdendo”, acrescentou.
Sem Putin nem Zelensky
Na semana passada, Lula declarou que a cúpula do G20 no Brasil não será usada para discutir guerras, seja o conflito no Leste Europeu ou no Oriente Médio. O petista afirmou que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, não foi convidado para a reunião, e o mandatário da Rússia, Vladimir Putin, não virá para o evento.
“Temos dois pequenos problemas. Nós não convidamos o Zelensky para participar, e o Putin não vai participar. Nós não achamos que esse fórum do G20 será espaço para discutir a guerra entre os dois países. Achamos que esse fórum é para discutir os temas abordados no último G20″, destacou, ao reforçar que a paz deve ser discutida na ONU (Organização das Nações Unidas).
“A gente precisa criar uma estrutura de poder dentro da ONU com mais credibilidade, com mais representatividade para discutir a guerra da Ucrânia. Não vai ser no G20 que a gente vai discutir esse assunto. E acho que os companheiros Putin e Zelensky não virão a esse encontro. Não virão. E eu acho que é importante, porque nós queremos discutir outras coisas que são importantes para a humanidade, e não transformar o G20 em uma discussão sobre a guerra, seja de Israel, seja da Ucrânia e da Rússia”, completou Lula, em entrevista a um canal francês.