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R7 Brasília

Certificados de Bolsonaro, da filha mais nova, de Cid e de deputado estão entre investigados pela PF

Corporação apura fraudes em dados de vacinação contra a Covid-19; ex-presidente teve celular apreendido na manhã desta quarta

Brasília|Bruna Lima, do R7, em Brasília

Polícia Federal faz buscas na casa de Bolsonaro em Brasília
Polícia Federal faz buscas na casa de Bolsonaro em Brasília

Além de suposta fraude no certificado de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro, a PF investiga adulterações nos documentos da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, da filha mais nova do casal, Laura, do deputado federal Guttemberg Reis (MDB-RJ), do tenente-coronel Mauro Cid e da filha dele.

A operação da PF foi deflagrada nesta quarta-feira (3) para investigar a atuação de uma associação criminosa que inseria dados falsos nos sistemas do Ministério da Saúde.

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Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Cid foi preso na operação. O ex-presidente não foi alvo de pedido de prisão preventiva, mas deve prestar depoimento à PF ainda nesta quarta-feira (3).

Na semana passada, o ex-presidente esteve na sede da corporação para dar esclarecimentos, dessa vez pelo inquérito que investiga a tentativa do governo do ex-presidente de receber ilegalmente joias da Arábia Saudita.


Entre os presos na ação estão ainda Sérgio Cordeiro e Max Guilherme, ex-assessores especiais do ex-presidente. Ao todo, os agentes cumprem 16 mandados de busca e apreensão e 6 de prisão preventiva, em Brasília e no Rio de Janeiro.

Segundo a PF, as inserções falsas teriam ocorrido entre novembro de 2021 e dezembro de 2022 e tiveram como consequência a alteração da verdade sobre fato juridicamente relevante — no caso, a condição de imunizado contra a Covid-19 dos beneficiários.


Com isso, os criminosos puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e utilizá-los para burlar as restrições sanitárias vigentes impostas pelos poderes públicos (de Brasil e Estados Unidos), que visavam impedir a propagação da doença.

Os fatos investigados configuram, em tese, crimes de infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação e corrupção de menores.

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