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R7 Brasília

Chanceler diz que meta de Lula de concluir acordo Mercosul-União Europeia até junho é ambiciosa 

O primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz, encontrou-se com o presidente do Brasil nesta segunda-feira 

Brasília|Augusto Fernandes, do R7, em Brasília

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), recebeu nesta segunda-feira (30) o primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz. Os dois trataram, entre outros temas, do acordo entre o Mercosul e a União Europeia. Segundo Lula, o tratado será concluído até o fim do primeiro semestre deste ano. Scholz, no entanto, considerou o prazo definido por Lula como ambicioso.

O petista prometeu que o governo brasileiro vai "trabalhar de forma muito dura" para finalizar o tratado. Apesar da meta otimista para fechar o acordo, Lula indicou que vai propor mudanças.

"Nós vamos nos sentar à mesa da forma mais aberta possível. Alguma coisa tem que ser mudada. Não pode ser feito como está lá. Vamos tentar mostrar quanto estamos flexíveis e queremos que os europeus mostrem quanto serão flexíveis. Se tudo der certo, até o meio deste ano, o fim deste semestre, a ideia é tentar encaminhar para que tenha acordo."

A fala de Lula surpreendeu o chanceler alemão. "É realmente impressionante esse anúncio de chegar à conclusão de um acordo ambicioso em tão pouco tempo", opinou Scholz. 


"O presidente Lula e eu concordamos que o acordo entre União Europeia e Mercosul é do interesse de ambas as regiões, e ambos queremos que haja um rápido avanço nessa questão. O acordo deve preparar o caminho para a transformação das nossas economias e fortalecer a cooperação tecnológica e industrial."

Acordo Mercosul-União Europeia

Em junho de 2019, durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), os dois grupos assinaram o tratado, mas ele ainda não saiu do papel porque precisa da aprovação do Conselho da União Europeia e do Parlamento Europeu.


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O documento firmado há quatro anos aborda temas tarifários e regulatórios, como serviços e facilitação de comércio. Caso entre em vigor, o acordo permitirá, por exemplo, a eliminação de tarifas de produtos agrícolas, como laranja, frutas e café solúvel, e a ampliação de acesso de exportadores brasileiros a carnes, açúcar e etanol.


As empresas brasileiras ainda serão beneficiadas com a eliminação de tarifas na exportação de 100% dos produtos industriais. Assim, haverá equalização das condições de concorrência com outros parceiros que já possuem acordos de livre comércio com a União Europeia.

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No setor de serviços, o tratado promete garantir acesso efetivo em segmentos como comunicação, construção, distribuição, turismo, transportes e serviços profissionais e financeiros.

Além disso, o mercado de licitações da União Europeia poderá ser acessado por empresas brasileiras que façam compras públicas. As novas possibilidades podem agilizar e reduzir custos com importação, exportação e trânsito de bens.

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