Cinco ministros do TSE votam para rejeitar recurso e manter Bolsonaro inelegível até 2030
Com maioria estabelecida contra o ex-presidente, restam ainda os votos de dois dos sete ministros da corte eleitoral
Brasília|Giselle Santos, do R7, em Brasília

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) atualizou o placar do julgamento que está com maioria formada para rejeitar o recurso apresentado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contra a decisão que o deixou inelegível. Contando-se o voto do ministro Floriano Marques, cinco magistrados votaram contra o pedido feito por Bolsonaro.
Relembre o julgamento do TSE que deixou Bolsonaro inelegível por 8 anos
O julgamento da ação que tornou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível foi retomado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na terça-feira (27).
O julgamento da ação que tornou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível foi retomado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na terça-feira (27).
Além de Marques e do corregedor-geral eleitoral Benedito Gonçalves, que é o relator, rejeitaram o recurso do ex-presidente os ministros André Ramos Tavares, Cármen Lúcia e o presidente da Corte, Alexandre de Moraes. Ainda faltam votar os ministros Raul Araujo e Nunes Marques.
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O julgamento ocorre em plenário virtual até o dia 28. Nessa modalidade, fica vísivel apenas a decisão de cada ministro, sem detalhes do voto. Se algum dos ministros pedir vista do processo, ou seja, mais tempo para analisar o caso, o julgamento será suspenso, e os magistrados terão até 90 dias para voltar a deliberar sobre o assunto. Já se houver algum pedido de destaque, isto é, a interrupção do julgamento, a análise terá que ser retomada do início e presencialmente, no plenário físico do TSE.
Em junho, por 5 votos a 2, o TSE decidiu suspender os direitos políticos do ex-presidente Jair Bolsonaro, que não pode se candidatar a nenhum cargo até 2030. Ele foi acusado de ter cometido abuso de poder político durante uma reunião com embaixadores em Brasília, quando, meses antes da eleição, pôs em dúvida o sistema eleitoral brasileiro.
No recurso apresentado ao TSE, a defesa de Bolsonaro cita a inclusão da minuta de golpe encontrada na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres. "Não foi viabilizada a participação das partes nem foi garantido o exercício da ampla defesa ou do contraditório", diz o texto.
Os advogados do ex-presidente afirmam ainda que "é conclusão que exige muito mais esforço intelectivo (e imaginativo) relacionar uma reunião com embaixadores à redação de uma minuta de Estado de Defesa — sobre a qual nem sequer há indício de conhecimento por parte do Embargante — do que interligar captação ilícita de recursos e caixa 2 — em essência, fenômenos que recebem o mesmo tratamento jurídico".