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CPI do Rio Melchior retoma trabalhos no segundo semestre e entra em ‘fase decisiva’

Comissão investiga a contaminação do Rio Melchior; distritais ouviram especialistas e fizeram visitas técnicas

Brasília|Giovanna Inoue, do R7, em Brasília

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • A CPI da CLDF retoma investimentos sobre a contaminação do Rio Melchior em fase decisiva.
  • Parlamentares realizarão visitas, incluindo uma ao Abatedouro da Seara Alimentos.
  • Estudos apontam o Melchior como "bomba de mercúrio", com riscos à saúde humana.
  • Comissão já obteve dados que podem influenciar decisões para proteção ambiental.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

CPI retoma discussões nesta quinta-feira na CLDF Ângelo Pignaton/Agência CLDF - Arquivo

A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da CLDF (Câmara Legislativa do DF) que investiga a contaminação do Rio Melchior retoma os trabalhos no segundo semestre nesta quinta-feira (14). Ainda neste mês, os parlamentares devem visitar o Abatedouro da Seara Alimentos.

Os integrantes da comissão visitaram, desde a instalação da CPI em 3 de abril, o aterro sanitário de Brasília, as estações de tratamento de esgoto (ETEs) de Samambaia e o próprio rio Melchior.


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Integrantes de órgãos relevantes também foram ouvidos. O analista ambiental do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) relatou que a instalação da usina termelétrica prevista na região seria inviável devido à baixa vazão do rio.

Segundo ele, haveria a necessidade de perfuração de quatro poços artesianos com utilização de água dos lençóis freáticos em determinadas épocas do ano.


Os professores da UnB (Universidade de Brasília) José Francisco Gonçalves, Ricardo Tezini Minoti e José Vicente Elias Bernardi classificaram o Melchior como “bomba de mercúrio”. Eles explicaram que a concentração do material no local é alarmante, podendo causar graves prejuízos à saúde humana.

Representantes da Ambientare — empresa que elaborou o relatório de impacto ambiental da UTE Brasília (Usina Termelétrica Brasília), e da Adasa (Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico) também foram ouvidos.


Repercussão

Depois o início da CPI, a Justiça suspendeu a outorga prévia que permitia o uso da água do rio para uma termelétrica. O juiz Carlos Maroja fundamentou sua decisão nos argumentos de ação civil pública (ACP) movida pelo Instituto Arayara.

A termelétrica solicitou o uso da água do Melchior e a perfuração de poços para abastecimento. Além disso, um engenheiro ambiental alertou sobre a saturação ecológica do Melchior, comprometedora da capacidade de regeneração natural do rio.


A presidente da comissão, deputada distrital Paula Belmonte (Cidadania), afirma que após a reunião de informações que mostram risco ambiental, a comissão entra em uma “fase decisiva”.

“Já reunimos dados técnicos e depoimentos que revelam a gravidade da situação, e nosso foco é transformar essas informações em encaminhamentos que realmente protejam o meio ambiente e a saúde da população”, diz.

Perguntas e respostas

Quando a CPI do Rio Melchior retoma seus trabalhos?

A CPI da CLDF que investiga a contaminação do Rio Melchior retoma os trabalhos no segundo semestre, especificamente nesta quinta-feira, dia 14.

Quais atividades estão programadas para este mês?

Os parlamentares da CPI devem visitar o Abatedouro da Seara Alimentos ainda neste mês.

Quais locais foram visitados pelos integrantes da CPI até agora?

Desde a instalação da CPI em 3 de abril, os integrantes visitaram o aterro sanitário de Brasília, as estações de tratamento de esgoto (ETEs) de Samambaia e o próprio Rio Melchior.

Quem foram os especialistas ouvidos pela CPI e quais foram suas contribuições?

O analista ambiental do Ibama relatou que a instalação da usina termelétrica na região seria inviável devido à baixa vazão do rio, mencionando a necessidade de perfuração de poços artesianos em certas épocas do ano. Professores da UnB classificaram o Melchior como uma “bomba de mercúrio”, alertando sobre a concentração alarmante do material que pode prejudicar a saúde humana.

Qual foi a decisão da Justiça em relação ao uso da água do Rio Melchior?

Após o início da CPI, a Justiça suspendeu a outorga prévia que permitia o uso da água do rio para uma termelétrica, fundamentando a decisão na investigação sobre a poluição no rio.

Quais são os alertas feitos por especialistas sobre o Rio Melchior?

Um engenheiro ambiental alertou sobre a saturação ecológica do Melchior, que compromete a capacidade de regeneração natural do rio.

Qual é a posição da presidente da CPI sobre a situação atual?

A presidente da comissão, deputada distrital Paula Belmonte, afirmou que a CPI entra em uma “fase decisiva” após reunir dados técnicos e depoimentos que revelam a gravidade da situação. Ela enfatizou que o foco é transformar essas informações em ações que protejam o meio ambiente e a saúde da população.

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