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R7 Brasília

Cristiano Zanin toma posse, e STF volta a ter 11 ministros

O novo magistrado da Corte poderá ficar quase três décadas no cargo, até 2050, quando completará 75 anos

Brasília|Gabriela Coelho, do R7, em Brasília

Zanin assumiu vaga que foi de Lewandowski
Zanin assumiu vaga que foi de Lewandowski

Cristiano Zanin tomou posse como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (3). A entrada dele completou a formação dos 11 magistrados da Corte, que havia ficado desfalcada com a aposentadoria do então ministro Ricardo Lewandowski, em abril. Com 47 anos, Zanin pode ficar quase três décadas no cargo, até 2050, quando completará 75 anos.

A cerimônia controu com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), do presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, Beto Simonetti, e do procurador-geral da República, Augusto Aras, além de diversas autoridades e convidados pessoais do novo ministro.

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Foram convidadas cerca de 350 pessoas. A cadeira do ministro mais recente é sempre a primeira à direita do púlpito. Após encerrada a sessão, Zanin receberá os cumprimentos no Salão Branco do STF.

O novo ministro ocupará uma vaga na 1ª Turma do STF, integrada também por Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Luís Roberto Barroso e Luiz Fux. Durante o recesso de julho, ele cuidou dos trâmites administrativos da posse, da definição de assessores, da confecção da toga e de outros preparativos.


A ministra Rosa Weber, presidente do STF, abriu a sessão. O magistrado mais antigo da Corte, o decano Gilmar Mendes, e o mais novo, André Mendonça, conduziram Zanin ao plenário. Logo depois, o novo ministro fez o juramento de cumprir a Constituição e recebeu os cumprimentos dos presentes.

Após a cerimônia na Corte, Cristiano Zanin será homenageado em uma festa para 400 convidados em Brasília. O evento é organizado pela Associação dos Magistrados Brasileiros, que tem tradição em oferecer o tributo aos ministros empossados no Supremo.


Zanin foi indicado ao cargo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e teve o nome aprovado pelo Senado. Ele precisava de no mínimo 41 votos favoráveis e recebeu 58. Outros 18 senadores votaram contra sua nomeação.

Relatoria de 520 ações

No STF, o advogado deve herdar de Lewandowski um acervo de processos considerado enxuto, de 552 ações, mas com casos de destaque. Entre os temas estão as regras da Lei das Estatais sobre a nomeação de conselheiros e diretores e a validade do decreto do presidente Lula que restabelece as alíquotas do PIS/Pasep e da Cofins, que haviam sido reduzidas à metade no penúltimo dia da gestão de Bolsonaro.

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Segundo dados do Programa Corte Aberta, o acervo deixado por Lewandowski é o segundo menor da Casa. Dos 552 processos, 59,6% estão em fase de decisão. Os que ainda não chegaram a esse patamar aguardam o cumprimento de etapas externas — como intimações e manifestações, cumprimento de prazos processuais e manifestação de terceiros interessados — ou estão sobrestados em razão de outro processo no Supremo.

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