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Deputados distritais trancam pauta na CLDF após governo cortar o ponto de professores em greve

Parlamentares entenderam que a iniciativa veio antes da hora; professores farão uma nova assembleia na quinta-feira

Brasília|Luiz Calcagno, do R7, em Brasília


Câmara Legislativa do DF
Câmara Legislativa do DF

Os deputados da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) trancaram a pauta da casa por causa do corte de ponto dos professores anunciado nesta terça-feira (23) pela Secretaria de Educação. Os distritais começaram a sessão desta terça às 17h30, depois de uma reunião de líderes e votaram apenas projetos de decreto legislativo. Além do corte de salário, os professores em greve terão descontos no auxílio-alimentação e no auxílio-transporte. A categoria está em greve há 19 dias, e o corte do ponto vale desde o dia 7 de maio, três dias depois do início da paralisação.

A medida foi anunciada na véspera de uma reunião entre governo e Sindicato dos Professores do DF (Sinpro-DF), marcada para esta quarta-feira (24), o que, para os distritais, atrapalha a negociação e acirra os ânimos. Na quinta-feira (25), professores farão uma nova assembleia.

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De acordo com nota enviada pela Secretaria de Educação, o corte dos pontos só não ocorreu antes porque o governo acreditou que com o diálogo aberto com a categoria os professores retornariam ao trabalho.

Além do corte dos pontos, a Procuradoria Geral do Distrito Federal (PGDF) pediu para que a multa diária pelo não cumprimento da decisão judicial que determina a volta dos professores ao trabalho fosse aumentada para R$ 600 mil, além da autorização para reter, mensalmente, o valor de R$ 3 milhões da contribuição sindical do Sinpro-DF para garantir o pagamento dos valores referentes.

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O presidente da CLDF, o deputado Wellington Luiz (MDB) disse que ainda há espaço para conversas e negociações. “O diálogo tem que prevalecer. Amanhã terá uma reunião com o Sindicato dos Professores. Tem espaço para dialogar. Tem espaço para negociar", disse. "Quando você impõe uma situação que acaba criando provoca um acirramento, é muito ruim para o movimento e para o governo. Lamentamos que isso tenha acontecido”, afirmou o presidente da CLDF.

No plenário, os deputados Gabriel Magno (PT) e Fábio Félix (PSol) anunciaram a obstrução à votação de todas os projetos do Executivo. “O governo sentou na mesa, começou a negociação, marcou a reunião desta quarta-feira e joga lenha na fogueira?”, questionou Gabriel Magno. O deputado Jorge Viana (PSD), que integra a base do governo, também afirmou que professores lutam para valorizar a carreira.

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