Logo R7.com
RecordPlus
R7 Brasília

Oposição aposta em anistia ampla para incluir Bolsonaro e investigados por fake news

Eventual votação na Câmara será discutida em uma reunião com Hugo Motta nesta quinta-feira (4)

Brasília|Rute Moraes e Lis Cappi, do R7, em Brasília

  • Google News

LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • A oposição no Congresso busca pautar uma anistia geral, beneficiando também Jair Bolsonaro.
  • O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, intensifica as negociações em apoio ao projeto.
  • A votação da anistia está prevista para ocorrer após o julgamento do STF sobre a tentativa de golpe de Estado.
  • Partidos do centro, como o Republicanos, se alinham com a oposição, marcando um movimento para as eleições de 2026.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Aliados de Bolsonaro pleiteiam uma anistia que beneficie o ex-presidente Wilton Junior/Estadão Conteúdo - 18/07/2025

Enquanto o STF (Supremo Tribunal Federal) avança com o julgamento sobre tentativa de golpe de Estado, a oposição no Congresso Nacional, aliada ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tem atuado nos bastidores para conseguir pautar uma anistia geral.

A ideia é ir além dos presos pelos atos extremistas do 8 de Janeiro. O texto beneficiaria o próprio Bolsonaro, mas também investigados pelo STF no inquérito das fake news.


O movimento foi intensificado com a atuação do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em paralelo ao julgamento, e se tornou o assunto de destaque entre líderes partidários na Câmara dos Deputados.

LEIA MAIS

As investidas do PL, partido de Bolsonaro, são voltadas a pautar o texto o mais rápido possível, mas o indicativo é de que as próximas etapas avancem apenas após o fim do julgamento no STF.


As negociações ganharam apoio de partidos do centro, como Republicanos, União Brasil e PP. Os dois últimos desembarcaram do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta semana e pressionaram os quatro ministros filiados às legendas a deixarem os cargos, em gesto de alinhamento à oposição e com foco nas eleições gerais de 2026.

Em outra frente, Tarcísio levou o apoio do Republicanos ao texto nesta semana e ainda se encontrou, de forma reservada, com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-SP), na noite dessa quarta-feira (3). O senador Ciro Nogueira (PP-PI), presidente da federação União Progressista, também estaria presente no encontro.


Para o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), a atuação de Tarcísio tem sido importante. “[O papel dele tem sido] importantíssimo. Ele trouxe o Republicanos e está tentando trazer o Podemos. Ele tem sido uma grande ajuda neste momento”, declarou.

Ainda nessa quarta, o líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ), afirmou que um pedido de urgência ao texto deve ser apreciado pela Casa na próxima semana, enquanto o mérito seria votado após o julgamento.


Farias vê o movimento de Tarcísio como um claro aceno para a campanha presidencial de 2026, apesar de o governador negar a pretensão publicamente.

Reunião de líder do PL com Motta

O texto voltará a ser discutido nesta quinta, em uma reunião entre Cavalcante e Motta. O líder, contudo, afirma ter mais de 300 votos favoráveis ao projeto, cujo relator ainda não foi definido.

“Se a gente quer zerar o Brasil, tem que ser anistia geral”, afirmou Cavalcante, indicando que o perdão também deve alcançar os investigados pelo inquérito das fake news, que tramita no STF.

No Senado, oposicionistas têm reiterado que a ideia é aguardar o avanço de um texto da Câmara. Contudo, rejeitam a ideia de votar um projeto que recalcule as penas dos condenados do 8 de Janeiro.

Segundo o senador Marcos Rogério (PL-RO), o timing para a chamada “anistia light” já passou em virtude do tempo em que o grupo ficou preso. Ou seja, a oposição indica não abrir mão de votar uma anistia geral, que inclua Bolsonaro e a alta cúpula que teria tentado dar um golpe de Estado.

Perguntas e Respostas

Qual é o tema principal do debate mencionado no texto?

O tema principal do debate é a tentativa de pautar uma anistia geral no Congresso Nacional, que beneficiaria não apenas os presos pelos atos extremistas de 8 de janeiro, mas também o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros investigados pelo STF.

Quem está liderando as negociações para a anistia?

As negociações estão sendo lideradas pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que tem atuado em conjunto com o partido PL, ao qual Bolsonaro pertence, e outros partidos do centro, como o Republicanos, o União Brasil e o Progressistas.

Qual é a posição do PL em relação à votação da anistia?

O PL está buscando pautar o texto da anistia o mais rápido possível, mas as próximas etapas devem avançar apenas após o término do julgamento no STF.

Como os partidos do centro estão se posicionando em relação ao governo atual?

Os partidos do centro, como o Republicanos, o União Brasil e o Progressistas, desembarcaram do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e estão se alinhando à oposição, o que fortalece a proposta de anistia.

Qual é a expectativa em relação à votação do texto da anistia?

O líder do PL na Câmara, deputado Sóstens Cavalcante, afirma ter mais de 300 votos favoráveis ao projeto, embora o texto ainda não tenha um relatório final ou relator definido. A expectativa é que um pedido de urgência ao texto seja apreciado na próxima semana.

Como o movimento de Tarcísio de Freitas é interpretado por outros líderes?

O movimento de Tarcísio é visto como um aceno para a campanha presidencial de 2026, embora ele tenha negado essa intenção publicamente. O líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias, comentou sobre a urgência do texto e a votação do mérito após o julgamento.

Qual é a posição dos senadores em relação à anistia?

Os senadores oposicionistas indicam que preferem aguardar o avanço de um texto da Câmara, mas rejeitam a ideia de votar um projeto que recalcule as penas dos condenados do 8 de janeiro. O senador Marcos Rogério afirmou que o momento para uma “anistia light” já passou.

O que o líder do PL sugere sobre a anistia geral?

O líder do PL, Sóstens Cavalcante, sugere que, para “zerar o Brasil”, é necessário que a anistia seja geral, incluindo também os investigados pelo inquérito das fake news que tramita no STF.

Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp

Últimas


    Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.