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Governo adia para maio o recadastramento de armas de fogo; veja regras

Decreto publicado nesta quarta-feira aumenta o prazo para recadastramento das armas adquiridas a partir de maio de 2019 

Brasília|Carlos Eduardo Bafutto, do R7, em Brasília

Prazo de recadastramento de armas de fogo foi prorrogado para maio de 2023
Prazo de recadastramento de armas de fogo foi prorrogado para maio de 2023 Prazo de recadastramento de armas de fogo foi prorrogado para maio de 2023

O governo federal esticou o prazo para que as armas de uso permitido ou restrito sejam cadastradas no Sistema Nacional de Armas. Colecionadores, atiradores e caçadores (CACs) que as compraram a partir de maio de 2019 tinham até a próxima sexta-feira (31) para legalizá-las. O novo prazo agora vai até 3 de maio deste ano. O decreto com a prorrogação foi publicado no Diário Oficial da União desta quarta-feira (29). 

Para o cadastramento das armas de uso restrito, o proprietário deve fazer o agendamento prévio na Polícia Federal (PF) e levar a comprovação do registro no Sigma (Sistema de Gerenciamento Militar de Armas). Caso o dono do armamento seja CAC, é necessário levar, também, a guia de tráfego expedida pelo Comando do Exército.

O cadastro consiste na identificação da arma e do dono, com nome, inscrição no CPF ou CNPJ, endereço da casa e do acervo no sistema informatizado da PF. O proprietário que não fizer o cadastramento vai ter a arma apreendida por infração administrativa. Quem não quiser mais a arma de fogo vai poder entregá-la em um dos postos de coleta da campanha do desarmamento.

Desarmamento da população civil

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) revogou as normas editadas pela gestão anterior que ampliavam o acesso a armas de fogo e munições. Essa era uma das promessas de campanha do petista, que é favorável ao desarmamento da população civil. 

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De acordo com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, cerca de 60% das armas de fogo que estão nas mãos de civis foram recadastradas no sistema da Polícia Federal.

Oposição

Um grupo de deputados e senadores tenta reverter as medidas adotadas por Lula. O tema é discutido em ao menos dois projetos de decreto legislativo que revogam medidas do presidente da República.

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O deputado Alberto Fraga (PL-DF) afirma que o decreto de Lula é ilegal. Ele explica que os cadastros devem ser feitos apenas no Exército, conforme a lei. Ao condicionar o envio de informações à Polícia Federal, a norma estaria contrariando essa previsão legal. "A lei não pode ser alterada por decreto, isso o direito prevê. O decreto é para regulamentar a lei e não para modificá-la. Estamos discutindo isso", disse.

O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) disse que as decisões do atual governo em relação às armas são ideológicas e prometeu fazer frente a eventuais desproporcionalidades. "Essas propostas do atual governo normalmente são centradas em uma ideologia, porque a questão dos CACs não é um problema que exacerba a violência no Brasil. A violência é exacerbada pela marginalidade, que anda com armas e as porta de tudo o que é jeito", declarou.

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