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'Governo não tem interesse em atacar o sistema eleitoral', diz ministro Luiz Eduardo Ramos

Titular da Secretaria-Geral da Presidência garante que o Executivo federal não quer interferir nas eleições de outubro

Brasília|Thiago Nolasco, da Record TV, e Augusto Fernandes, do R7, em Brasília

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Luiz Eduardo Ramos
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Luiz Eduardo Ramos O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Luiz Eduardo Ramos

Em entrevista à Record TV, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Luiz Eduardo Ramos, afirmou nesta terça-feira (17) que o presidente Jair Bolsonaro (PL) não quer interferir nas eleições deste ano e que o Executivo federal espera que o processo eleitoral não tenha fraudes.

"O governo não tem interesse em atacar o sistema eleitoral. Nós queremos, como o presidente diz, que as urnas sejam transparentes, o processo eleitoral seja o mais fidedigno possível, que a população faça-se representar pelo voto. É o que o presidente tem falado. Ele tem dito que o processo eleitoral é importante para a democracia", disse Ramos ao JR Entrevista.

Nas últimas semanas, Bolsonaro e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) têm trocado indiretas sobre a confiabilidade do sistema eleitoral do país. Enquanto o presidente levanta dúvidas sobre as urnas eletrônicas, os magistrados frisam que nada vai interferir nas eleições de outubro.

Para Ramos, a relação instável do Palácio do Planalto com o STF e a Justiça Eleitoral faz parte da democracia. Contudo, ele criticou a forma como alguns ministros têm se comportado publicamente.

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"Existem manifestações de ambos os lados que são, às vezes, mal interpretadas. O presidente foi eleito com quase 58 milhões de votos. É um ente político que tem a credibilidade para se pronunciar, falar sobre vários assuntos. Sou de uma época que ministro de corte de Justiça se pronunciava nos autos. Quando existem manifestações sobre assuntos que são fora da área de responsabilidade dos ministros, acaba gerando algum desacerto, ruído", ponderou.

O ministro ainda se disse favorável a que as Forças Armadas contribuam com as eleições deste ano e criticou a forma como os militares têm sido tratados pelo TSE. Na última semana, por exemplo, o presidente do tribunal, Edson Fachin, declarou que, no Brasil, "quem trata de eleições são forças desarmadas".

"Foi uma afirmação equivocada. Eu tenho 47 anos de serviço e trabalhei na segurança das urnas, no deslocamento das urnas, em inúmeras eleições. Como é que a gente não participa? As Forças Armadas têm muito a ajudar. As pessoas que estão lá têm qualificação para contribuir. Acredito que isso possa dar a possibilidade de se conversar sobre algum aperfeiçoamento que possa ser feito [no sistema eleitoral]."

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