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R7 Brasília

Governo obtém apoio para pedir urgência em projeto de mineração

Líder do governo na Câmara consegue assinaturas para votar pedido que agiliza trâmite da matéria que atinge áreas indígenas

Brasília|Sarah Teófilo, do R7, em Brasília

Mineração ilegal em área de preservação na Amazônia legal, no Pará
Mineração ilegal em área de preservação na Amazônia legal, no Pará

O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), conseguiu o apoio de oito líderes para apresentação do requerimento de urgência do projeto de lei que regulamenta a exploração de minério em reservas indígenas, iniciativa do governo federal de 2020. O parlamentar pontuou pelas redes sociais, nesta quarta-feira (9), que conseguiu a quantidade regimental de assinaturas para apresentação do pedido.

Barros conseguiu o aval dos líderes do PP, André Fufuca (MA); do PL, Altineu Côrtes (RJ); do Republicanos, Vinícius Carvalho (SP); do bloco PSC e PTB, Euclydes Pettersen (PSC-MG); do PSDB, Adolfo Viana (BA); do União Brasil, Elmar Nascimento (BA); do Avante, Sebastião Oliveira (PE); e do PTB, Marcelo Moraes (RS)

Na última terça-feira (8), a questão foi discutida pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), em reunião, na residência oficial, com líderanças de partidos da base e de centro. Com a aprovação do requerimento de urgência, a matéria tramita com maior celeridade no plenário da Casa. 

O combinado na reunião foi votar a urgência ainda nesta quarta-feira. Logo após a reunião da base, Lira se encontrou com líderes da oposição. O grupo quer debater exploração de minérios em comissão especial e refuta a possibilidade de dar urgência à matéria. No encontro, eles argumentaram que tratar o tema com a celeridade requerida pela base é prejudicial e oportunista. 


Mesmo com a oposição da Casa contrária ao projeto, a base não deve ter dificuldade em aprovar o requerimento, que precisa apenas da maioria do plenário para ser aprovado.

A discussão sobre o projeto ganhou força após falas do presidente Jair Bolsonaro, que tem usado a guerra da Ucrânia e a Rússia para defender a mineração em terras indígenas sob a justificativa de que o Brasil pode sofrer com falta de fertilizante e de potássio. Isso já é defendido por ele desde o início do seu mandato.


A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse que o Brasil tem fertilizantes até o início da próxima safra, em outubro. Ela afirmou que é preciso desenvolver alternativas para que o Brasil seja autossuficiente no insumo.

Na última quarta-feira (2), Bolsonaro afirmou que o Brasil teria condições de produzir fertilizantes à base de potássio se a lei não impedisse a exploração do mineral em áreas da Amazônia. Ele citou o projeto que está na Câmara e afirmou que "uma vez aprovado, resolve-se um desses problemas”.

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