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Grupo de assassinos de aluguel vai a júri popular nesta terça-feira 

Seis homens são acusados de matar, por engano, Ana Rita Graziela Silva no Núcleo Bandeirantes

Brasília|Hellen Leite, do R7, em Brasília

Homens são acusados de participar de outros assassinatos encomendados no DF e Entorno
Homens são acusados de participar de outros assassinatos encomendados no DF e Entorno Homens são acusados de participar de outros assassinatos encomendados no DF e Entorno

Os seis homens acusados de matar Ana Rita Graziela Silva vão a júri popular nesta terça-feira (19). O crime aconteceu em 21 de outubro de 2016 em uma fábrica no Núcleo Bandeirantes. Na época, a vítima tinha 21 anos e foi confundida com a mãe, a empresária Gilvana Teles, o verdadeiro alvo do grupo de extermínio. O mandante do crime é o ex-companheiro de Gilvana, o empresário Yuri Tavares de Brito.

Além de Yuri, serão julgados por homicídio qualificado Jobias Rodrigues Batista, Janilene Ferreira Lima, Jermaine da Silva Rocha e Jader Nei Rodrigues Barbosa. Jobias responde também por porte ilegal de arma. Já Lucas dos Santos Almeida, autor dos disparos, será julgado por homicídio qualificado e roubo majorado. Cícero Nunes de Lima foi identificado como o motorista do carro.

A sessão de julgamento está prevista para acontecer no plenário do Fórum do Núcleo Bandeirante, às 9h30, e deve se estender por pelo menos três dias. A reportagem entrou em contato com a defesa dos réus, que não quis se pronunciar antes do julgamento.

De acordo com denúncia apresentada pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), Yuri estava insatisfeito com a divisão patrimonial e teria dito ao amigo Jader Nei que pretendia contratar alguém para matar a ex-companheira. Em seguida, Jader teria chamado Cícero e o apresentado a Yuri. Os três recrutaram Jobias e Lucas para cometer o crime, com a promessa de receberem o valor de R$ 10 mil após a execução do alvo.

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A investigação apurou que Yuri, Cícero, Lucas e Jobias se reuniram com Janilene e Jermaine para combinar os detalhes do crime, que foi cometido na empresa da vítima. Yuri repassou os dados e a foto da ex-companheira aos outros denunciados, que não a conheciam pessoalmente.

Ana Rita morreu por engano em assassinato por encomenda
Ana Rita morreu por engano em assassinato por encomenda Ana Rita morreu por engano em assassinato por encomenda

Em 21 de outubro de 2016, Ana Rita estava na fábrica de caixas-d'água da mãe, no Setor Placa da Mercedes, no Núcleo Bandeirante, quando Lucas anunciou o crime, roubou o celular de uma funcionária e pediu também o telefone da jovem. Sem ter um aparelho para entregar, ela foi atingida por dois tiros. Ana Rita não resistiu aos ferimentos e morreu. Lucas fugiu em um Fiat Palio, levando a polícia a acreditar que havia ocorrido um latrocínio (roubo seguido de morte).

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Série de crimes

Nove meses após o assassinato de Ana Rita, a polícia descobriu que os homens faziam parte de um grupo de extermínio que cometera outras duas execuções em Santo Antônio do Descoberto, no Entorno do Distrito Federal.

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Uma delas é a do então vice-presidente do Partido da República (PR) em Santo Antônio do Descoberto, Paulino Rodrigues da Silva, conhecido como Pastor Paulino. Ele foi assassinado na porta de casa, em agosto de 2016. O pastor chegou a ser socorrido e levado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos.

A outra execução foi a do jornalista João Miranda, assassinado também na porta de casa, em julho de 2016. Os criminosos confirmaram o nome da vítima antes de atirar. João tinha um site de notícias que publicava informações contra o governo e denunciava casos de tráfico de drogas no município goiano.

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