Grupo de minas e energia da transição cumpre agenda no Rio de Janeiro
Time técnico vai se reunir com membros da Petrobras e outras entidades e associações do setor nesta semana
Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília
O grupo técnico de minas e energia da equipe de transição cumpre agenda nesta semana no Rio de Janeiro. O time vai se reunir com membros da Petrobras e outras agências, como a Agência Nacional do Petróleo e Companhia Pré-Sal Petróleo.
Nesta segunda (5) e terça-feira (6), o grupo faz uma visita à sede da Petrobras. Uma das medidas que o time pleiteia é que a empresa faça a suspensão de ações de caráter estrutural ou estratégico até a posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 1º de janeiro de 2023.
A mesma medida foi tomada pelo Ministério de Minas e Energia, comandado por Adolfo Sachsida. A Petrobras está dentro do guarda-chuva da pasta, mas tem procedimentos diferentes. A venda de ativos, por exemplo, está em curso e é rechaçada por Lula.
Na terça-feira (6), o grupo técnico vai ter reuniões com diretores e representantes da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, da Companhia Pré-Sal Petróleo e da Empresa de Pesquisa Energética. No dia seguinte, quarta-feira (7), o time vai fazer reuniões com demais entidades e associações do setor.
Participam das agendas na capital fluminense o senador Jean Paul Prates (PT-RN); o coordenador do grupo técnico, professor Maurício Tolmasquim; Rodrigo Leão; Deyvid Bacelar; e Magda Chambriard. Na última segunda-feira (28), o grupo técnico de minas e energia se reuniu com diretores da Petrobras.
Política de preços
Prates afirmou, na quinta-feira (24), que a política de preços adotada pela Petrobras não é da estatal, mas sim do governo. Segundo ele, o presidente eleito poderá adotar algum "colchão de amortecimento" para que o preço pago pelo consumidor nos combustíveis seja menor. O senador não deu detalhes de como a medida seria na prática, mas negou que vá haver controle de preços.
"Essa política de preços não é da Petrobras. A política de preços é do governo. Vamos começar a separar bem essas coisas. A Petrobras vai fazer a política de preços dela, para os clientes dela, para o volume, qualidade de clientes, enfim, como qualquer empresa vende", afirmou Prates.
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"Quem vai dar a política de preços, em geral, para o Brasil, se vai ter alguma forma, algum colchão de amortecimento, conta de estabilização, preço de referência etc., sem absolutamente falar algo de congelamento, nenhum ato forte nesse sentido interventivo, é o governo brasileiro", completou o senador.
A Petrobras adota o modelo de preço de paridade internacional (PPI), o que faz com o que o preço da gasolina, do etanol e do diesel acompanhe a variação do valor do barril de petróleo no mercado internacional.