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Itamaraty confirma morte de brasileira que estava desaparecida em Israel

A carioca Karla Stelzer é a terceira cidadã do Brasil a morrer em decorrência dos ataques do Hamas

Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília

Karla estava desaparecida desde o sábado (7)
Karla estava desaparecida desde o sábado (7) Karla estava desaparecida desde o sábado (7)

O Ministério das Relações Exteriores confirmou, na manhã desta sexta-feira (13), a morte da brasileira que estava desaparecida em Israel desde o ataque a bombas do grupo terrorista Hamas, no sábado (7). Karla Stelzer Mendes, de 42 anos, é a terceira cidadã brasileira vitimada no confronto. "Ao solidarizar-se com a família, amigas e amigos de Karla, o governo brasileiro reitera seu total repúdio a todos os atos de violência contra a população civil", escreveu o Itamaraty, em nota.

A carioca estava no festival de música eletrônica próximo à Faixa de Gaza que foi atacado pelo Hamas. A brasileira tinha cidadania israelense e morava no país com o filho, de 19 anos, que faz parte do Exército local.

Como as autoridades não tinham informações sobre o paradeiro de Karla, o governo brasileiro não descartava a hipótese de ela estar entre as pessoas mantidas reféns pelo grupo terrorista.

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A teoria ganhou força depois que o porta-voz das Forças de Defesa israelenses, Jonathan Conricus, afirmou, em transmissão nas redes sociais, que havia, entre os cidadãos sequestrados pelo Hamas, pessoas com dupla nacionalidade, inclusive brasileiras. A informação ainda não foi confirmada.

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"Também recebemos essa informação e estamos procurando verificá-la. Não temos confirmação de que há reféns com nacionalidade brasileira", informou o secretário de África e de Oriente Médio do Itamaraty, o embaixador Carlos Sérgio Sobral Duarte, no dia que Conricus fez a declaração.

Outras vítimas

Além de Karla, outros dois brasileiros também foram vítimas do ataque. Todos participavam de um festival de música eletrônica em Re'im, região próxima à Faixa de Gaza. Os terroristas invadiram o local com paragliders motorizados e abriram fogo contra milhares de jovens que se divertiam no local.

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A primeira vítima confirmada foi Ranani Nidejelski Glazer, de 23 anos. Ele estava na mesma festa acompanhado de amigos e da namorada. O jovem morava em Israel havia sete anos e chegou a servir no Exército do país. 

Jovem morava em Israel havia sete anos e chegou a servir no Exército do país
Jovem morava em Israel havia sete anos e chegou a servir no Exército do país Jovem morava em Israel havia sete anos e chegou a servir no Exército do país

Ele chegou a compartilhar nas redes sociais imagens do primeiro dia do festival, que aconteceu na véspera dos ataques. 

A jovem Bruna Valeanu, de 24 anos, foi a segunda vítima encontrada. Bruna morava apenas com a mãe e a irmã no país do Oriente Médio. Uma corrente de solidariedade se formou durante o enterro da jovem, que ocorreu no dia 10 de outubro. 

Bruna Valeanu morava em Israel com a mãe e com a irmã
Bruna Valeanu morava em Israel com a mãe e com a irmã Bruna Valeanu morava em Israel com a mãe e com a irmã (Raphael Henrique Hakime)

Para seguir tradição judaica do minyan, que exige a presença de pelo menos dez homens com mais de 13 anos em algumas cerimônias, a família pediu ajuda à população israelense. Eylon Levy, ex-conselheiro internacional da Presidência de Israel, esteve presente na cerimônia e registrou ruas tomadas com pessoas.

"As pessoas abandoraram os carros na rodovia e estão caminhando até o funeral de uma completa estranha porque querem confortar a família. Tudo isso sob a ameaça de mísseis. A humanidade pode ser despresível, mas também consegue ser maravilhosa."

A guerra

O grupo Hamas lançou no sábado (7) mais de 5.000 foguetes em direção a Israel e sequestrou corpos de soldados israelenses mortos em confrontos na fronteira, afirmou a ala militar da organização islâmica, enquanto Israel declarava estado de alerta de guerra.

O Departamento de Estado dos EUA classifica, desde 1997, o Hamas de organização terrorista. Militantes do grupo conseguiram se infiltrar no país, inclusive com o uso de parapentes. Eles mataram e sequestraram civis e militares.

O conflito chegou ao sétimo dia no sábado (11), com 2.800 mortos. Ao menos 150 civis foram sequestrados. A ONU calcula que mais de 338 mil pessoas tenham sido forçadas a deixar suas casas na Faixa de Gaza nos últimos dias

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