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R7 Brasília

Jordy diz ser inocente e critica operação da Polícia Federal: “Abuso de autoridade”

Deputado rebateu investigação por suposto uso irregular de cota parlamentar; PF apura simulação de contratos

Brasília|Lis Cappi, do R7, em Brasília

Deputado Carlos Jordy (PL-RJ) é um dos alvos de nova investigação da PF Bruno Spada/Câmara dos Deputados

O deputado Carlos Jordy (PL-RJ) criticou as ações de busca e apreensão contra assessores, realizadas nesta quinta-feira (19) pela PF (Polícia Federal).

A etapa fez parte de investigação que apura o suposto uso irregular da cota parlamentar, o que foi questionado pelo político com alegação de que as ações coincidem com um momento sensível do governo e estariam ligadas a um “abuso de autoridade”.

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A posição do parlamentar veio horas após agentes da Polícia Federal realizarem diligências em endereços de pessoas próximas ao deputado para apurar um suposto esquema ligado a contratos de serviços.

A suspeita é de que tenha ocorrido um desvio de recursos parlamentares com o uso de uma empresa de locação de veículos. A investigação recebeu o nome de “Rent a Car”.


Jordy afirma ser inocente e sustenta não haver qualquer irregularidade ao alugar veículos. “Eles alegam que nós estamos utilizando a cota parlamentar de forma irregular no aluguel de nossos carros. Não há nada de errado no aluguel dos meus carros. Nada. Segue todos os trâmites da Casa. estão devidamente registrados. Os contratos estão de forma legal”, declarou o deputado em discurso na Câmara.

A operação foi autorizada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino.


“Eles não fazem uma intimação. Eles não buscam ouvir as partes. Eles tomam agora uma medida excepcional, invasiva, como uma busca e apreensão. Porque o que está acontecendo na verdade não é uma investigação. Todo mundo sabe o que está acontecendo [...] é evidente que tem o fim de tentar buscar algo incriminador contra nós”, afirmou. “Sempre que há uma crise instalada que vai mostrando as vísceras deste ‘desgoverno’ eles arrumam uma coisa para tirar o foco. Eles arrumam como uma cortinha de fumaça”, alegou o deputado.

Além de Jordy, assessores do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) também são investigados. O parlamentar é um dos líderes do partido, e cotado para assumir o comando da sigla na Câmara no ano que vem, mas ainda não comentou a operação.


Deputado foi investigado no 8 de Janeiro

Jordy foi alvo da PF no início deste ano. Na ocasião, a corporação investigava eventual financiamento e planejamento dos atos antidemocráticos de 8 de Janeiro de 2023. “Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa e incitação ao crime”, dizia o comunicado.

A PF fez buscas e apreendeu um celular e uma arma na época. Ao todo, foram oito mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro e no Distrito Federal, incluindo o gabinete de Jordy na Câmara dos Deputados. Em depoimento, o parlamentar negou incitar qualquer tipo de ato antidemocrático contra o resultado das eleições de 2022 e chamou a operação de “piada”.

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