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R7 Brasília

Ministério Público Federal denuncia mais 150 pessoas por atos de vandalismo

Denunciados, que foram detidos em acampamento no QG, devem responder por associação criminosa; no total, já são 254 denúncias

Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília

Acampamento no QG do Exército em Brasília foi desmontado no dia seguinte ao atos
Acampamento no QG do Exército em Brasília foi desmontado no dia seguinte ao atos

O Ministério Público Federal (MPF), por meio da Procuradoria-Geral da República (PGR), denunciou nesta sexta-feira (27) mais 150 pessoas por participação nos atos de vandalismo de 8 de janeiro, em Brasília. É a quinta leva de denúncias apresentadas pela PGR.

No total, 254 pessoas já foram citadas pelo MPF por envolvimento na invasão e depredação do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do prédio do Supremo Tribunal Federal (STF).

Os denunciados nesta sexta foram detidos no acampamento localizado em frente ao Quartel-General do Exército, na capital do país, em 9 de janeiro, dia seguinte aos ataques, quando a reunião no QG foi desfeita. Eles foram levados para unidades do sistema prisional do DF. Os presos já passaram por audiência de custódia e tiveram a prisão preventiva decretada.

Eles são acusados, de acordo com o Código Penal, de associação criminosa e incitação ao crime equiparada pela animosidade das Forças Armadas contra os Poderes Constitucionais.


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O documento do MPF pediu, ainda, que os crimes sejam considerados de forma autônoma e as penas, somadas.

A denúncia da PGR indica que o acampamento no QG era “uma evidente estrutura a garantir perenidade, estabilidade e permanência” dos vândalos. O texto, que narra a sequência de acontecimentos até a formação do acampamento, é assinado pelo subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos.


A denúncia traz imagens e mensagens que mostram, segundo os investigadores, a existência de uma estrutura de estabilidade e permanência das pessoas no acampamento do QG. De acordo com a acusação, o local funcionava como uma espécie de vila, com espaço para refeições, feira, transporte, atendimento médico, sala para teatro de fantoches, massoterapia, carregamento de aparelhos e até assistência religiosa.

A PGR pediu, além da condenação, que os 150 denunciados paguem indenização mínima por danos morais coletivos. De acordo com o MPF, ainda não é possível afirmar que essas pessoas participaram ativamente da depredação dos bens públicos em 8 de janeiro.


O órgão destaca, porém, que novos fatos podem vir à tona, a partir da chegada de laudos periciais, imagens, geolocalização, depoimentos de testemunhas e vítimas das agressões ou qualquer outra prova válida.

Por isso, o subprocurador deixa em aberto a possibilidade de se acrescentarem informações ou se oferecerem novas denúncias, caso outros crimes sejam apontados.

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