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R7 Brasília

Minuta de golpe encontrada na sala de Bolsonaro no prédio do PL foi enviada por advogado, diz defesa

Material foi achado durante operação da Polícia Federal que mirou ex-presidente e aliados, nesta quinta-feira

Brasília|Gabriela Coelho, do R7, em Brasília

Bolsonaro e aliados foram alvo de operação da PF
Bolsonaro e aliados foram alvo de operação da PF Edu Garcia/R7 - 23.10.2022

A minuta de golpe encontrada na sala do ex-presidente Jair Bolsonaro no prédio do Partido Liberal, em Brasília, nesta quinta-feira (7), foi enviada por um advogado dele, de acordo com a defesa. O material foi achado durante uma operação da Polícia Federal que mirou Bolsonaro e aliados.

Em nota, a defesa argumenta que, quando os celulares do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e tenente-coronel Mauro Cid foi apreendido, em 2023, "foram localizados arquivos do que seriam possíveis minutas de decretos de Estado de Sítio ou de GLO [Garantia da Lei e da Ordem]" e que o conteúdo foi enviado para que Bolsonaro "pudesse tomar conhecimento do material dos referidos arquivos".

O advogado "encaminhou os arquivos diretamente para o celular de seu cliente [Bolsonaro] no dia 18 de outubro de 2023" e "a fim de facilitar a leitura do texto, o ex-presidente fez a impressão em papel do referido arquivo", diz a defesa.

A impressão provavelmente permaneceu no local da diligência de busca e apreensão havida na data de hoje, que alcançou inclusive o gabinete do ex-presidente, razão porque lá foi apreendido. Trata-se, portanto, de documento que já integrava a investigação há tempos e cujo acesso foi dado ao ex-presidente por seu advogado, vez que, repita-se desconhecia, até então, sua existência e conteúdo.

(defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, em nota)

No início do ano passado, a PF encontrou uma minuta de golpe na casa do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Anderson Torres. O documento buscava mudar o resultado da eleição e tinha como objetivo supostamente decretar estado de defesa no prédio do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

A medida seria tomada após a eleição de 30 de outubro, na qual o presidente Luiz Inácio Lula da Silva saiu vencedor. Pelo texto, o resultado do pleito seria desconsiderado, sob a suposta alegação de ter ocorrido fraude na votação, segundos fontes consultadas pela reportagem.

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