Moraes manda presídio informar necessidade de transferência de Chiquinho Brazão para hospital
Político está preso desde março de 2024 por desdobramentos da investigação da morte da ex-vereadora Marielle Franco

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes mandou o diretor da Penitenciária Federal de Campo Grande (MS) informar, em 48 horas, sobre eventual necessidade de transferência do deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) para hospital penitenciário. No início do mês, o ministro autorizou o parlamentar a realizar exames de coração.
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O político está preso desde 24 de março de 2024 por desdobramentos da investigação da morte da ex-vereadora Marielle Franco, mas segue no cargo parlamentar. Ele é réu no STF por suspeita de ser um dos mandantes do assassinato.
A PGR (Procuradoria-Geral da República) já se manifestou contra um pedido de substituição da prisão preventiva por domiciliar, por não configurar nenhuma situação de debilidade física.
Chiquinho foi citado em delação de Ronnie Lessa — que confessou o assassinato da vereadora Marielle Franco. Além dele, o irmão Domingos Brazão conselheiro do TCE-RJ (Tribunal de Contas do Rio de Janeiro) está preso.
Segundo a investigação da PF, o assassinato de Marielle está relacionado ao posicionamento contrário da parlamentar aos interesses do grupo político liderado pelos irmãos Brazão, que têm ligação com questões fundiárias em áreas controladas por milícias no Rio.
A vereadora e o motorista Anderson Gomes foram alvo de um atentado em março de 2018, e não resistiram a disparos. O caso está sob investigação desde então.