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Morre o jornalista José Roberto Guzzo, aos 82 anos

Guzzo teve papel central na consolidação de produtos, marcou gerações com estilo editorial preciso e olhar afiado

Brasília|Do R7

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RESUMO DA NOTÍCIA

  • José Roberto Guzzo, jornalista e colunista do Estadão, faleceu no dia 2, aos 82 anos, vítima de infarto.
  • Ele era colunista do Estadão desde 2021 e fundador da revista Oeste.
  • Guzzo teve uma carreira ilustre, começando como repórter na Última Hora e sendo um dos fundadores da revista Veja.
  • Ele transformou revistas como Veja e Exame, aumentando significativamente suas circulações e lucratividade.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

José Roberto Guzzo foi um dos fundadores da revista Oeste, parceira do R7 Arquivo pessoal

O jornalista e colunista do Estadão José Roberto Guzzo morreu na manhã deste sábado, 2, aos 82 anos, em decorrência de um infarto. De acordo com a família, ele sofria de enfermidades crônicas no coração, nos pulmões e nos rins.

Desde junho de 2021, Guzzo mantinha uma coluna no Estadão e foi um dos fundadores da revista Oeste.


“Estou muito triste, porque hoje partiu, senão o maior, um dos maiores e melhores jornalistas que o Brasil conheceu”, declarou Roberto Guzzo, seu filho.

Trajetória

A carreira começou em 1961, como repórter no jornal Última Hora, em São Paulo. Cinco anos depois, ingressou no Jornal da Tarde, recém-lançado pelo Grupo Estado, onde atuou como correspondente em Paris.


Grande parte de sua trajetória profissional se concentrou na Editora Abril. Em 1968, integrou a equipe que deu início à revista Veja, atuando inicialmente como editor de Internacional.

Em seguida, tornou-se correspondente em Nova York. Durante esse período, cobriu a Guerra do Vietnã e a histórica visita de Richard Nixon à China, em 1972. Foi o único jornalista brasileiro presente ao encontro entre o então presidente dos Estados Unidos e Mao Tsé-tung.


Em 1976, com apenas 32 anos, assumiu a direção da Veja, cargo que ocupou até 1991.

Durante sua gestão, a revista saiu do prejuízo e viu sua circulação saltar de 175 mil exemplares para quase 1 milhão, alcançando a quarta posição entre as maiores revistas semanais de informação do mundo — atrás das norte-americanas Time e Newsweek, além da alemã Der Spiegel.


‘Mão peluda’

Pela habilidade de transformar textos áridos em leituras envolventes, ganhou o apelido de “mão peluda” nas redações.

A partir de 1988, acumulou a direção da Veja com a tarefa de reestruturar a revista Exame. Deixou a Veja em 1991, encerrando um ciclo marcante.

Após um período sabático, retornou ao mercado editorial com dedicação exclusiva à Exame — primeiro como diretor editorial e, posteriormente, como publisher. Durante os 11 anos à frente da publicação, consolidou-a como a mais rentável da Editora Abril, proporcionalmente.

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