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Na Rússia, Bolsonaro anuncia crédito para Petrópolis (RJ)

Cidade foi afetada por fortes chuvas e já registra ao menos 66 mortes. Chefe do Executivo federal não mencionou valores

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

O presidente Jair Bolsonaro em agenda em Moscou, na Rússia
O presidente Jair Bolsonaro em agenda em Moscou, na Rússia

Em viagem à Rússia, o presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou, nesta quarta-feira (16), crédito extraordinário para a cidade de Petrópolis (RJ), afetada por fortes chuvas, que já provocaram a morte de pelo menos 78 pessoas.

Bolsonaro, que lamentou os óbitos, não informou qual o valor do crédito e destacou que o governo deve liberar também saques do FGTS para os moradores da região serrana.

"Eu conversei com o governador Cláudio Castro e, obviamente, com o ministro da Economia, e é um crédito especial para atender aos vitimados da catástrofe e para reconstrução de alguma coisa", disse.

"O crédito suficiente para atender àquela necessidade", respondeu, quando lhe perguntaram qual seria o valor. "O crédito especial não pode ser pedido além do previsto para recuperação. Os demais créditos, de prevenção, são previstos no Orçamento."


Ainda segundo o mandatário, o governo deve liberar saques do FGTS. "Como é praxe nessas questões, lamentamos as mortes, mas, por exemplo, a liberação do fundo de garantia e a construção de obras emergenciais para restabelecer a transitabilidade na região", acrescentou.

As declarações foram dadas por Bolsonaro à imprensa em Moscou, na Rússia. O chefe do Executivo federal contou, ainda, que mudou a rota da volta ao Brasil. O presidente, que estará em Budapeste, na Hungria, nesta quinta-feira (17), pousará no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, e não em Brasília, na sexta-feira (18). De lá, segue para a área de Petrópolis.


Rússia X Ucrânia

Mais cedo, Bolsonaro encontrou-se com o presidente Vladimir Putin, da Rússia. A visita de três dias ocorre em meio às tensões diplomáticas entre o país e as principais potências do Ocidente devido a movimentações militares na fronteira com a Ucrânia. O mandatário afirmou que a missão da comitiva brasileira é "comercial e de paz" e que é da natureza do Brasil ser um país pacifista.

O presidente da República reconheceu o cenário complexo entre Rússia e Ucrânia. "Outros países têm seus problemas regionais. Aqui existe um problema, e nós somos solidários com todo e qualquer país, desde que a busca da solução desses impasses seja pacífica."


Bolsonaro confirmou que recebeu informações de outros países que avaliavam que seria mais apropriado ter reagendado o encontro, devido às tensões e à suposta invasão das tropas russas na Ucrânia.

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"Sim, tivemos informações de alguns países que gostariam que o evento não se realizasse, alguns achavam que o pior poderia acontecer com a nossa presença aqui. Eu entendo a leitura que eu tenho do presidente Putin, de que é uma pessoa também que busca a paz, e qualquer conflito não interessa para ninguém no mundo", avaliou.

"Mantivemos nossa agenda e, por coincidência ou não, parte das tropas deixou as fronteiras, e, pelo que tudo indica, grande sinalização de que o caminho para a solução pacífica se apresenta no momento para Rússia e Ucrânia", complementou.

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