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Lula ainda não se decidiu sobre reforma ministerial, diz Rui Costa após reunião com o presidente

Presidente reuniu os 38 ministros nesta segunda; chefe da Casa Civil disse que reforma ministerial não foi discutida no encontro

Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília

Foi a 1ª reunião ministerial do ano Ricardo Stuckert/PR - 20.1.2025

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não tratou sobre eventuais trocas de comando na Esplanada dos Ministérios na reunião desta segunda-feira (20), que reuniu os 38 ministros do petista. “O presidente não tomou qualquer decisão sobre isso. Esse assunto não foi pauta da reunião. O presidente continua refletindo. Ele pode trocar ministro, ministra, como qualquer outra função, a qualquer momento”, afirmou Costa a jornalistas, depois da reunião.

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Na semana passada, Rui Costa tinha afirmado que o petista poderia concluir as mudanças até a reunião desta segunda. “É diferente do futebol, em que você tem um prazo para contratar jogador de fora, para inscrever no campeonato. Aqui, não tem. O presidente pode substituir a qualquer hora que ele queira. Portanto, não tem prazo nem para iniciar, nem para terminar. Ele está refletindo. Não há previsão. Nem data de início, nem data de fim de uma reforma ministerial”, acrescentou o ministro da Casa Civil.

“Se ele está refletindo ou está pensando nessa ou naquela pasta, o ambiente de ele eventualmente concluir a sua reflexão não é na reunião com os ministros, ele fará isso reservadamente”, concluiu Rui Costa.

Reunião ministerial

A reunião ministerial desta segunda foi a primeira do ano. Todos os chefes das 38 pastas federais estiveram presentes no encontro, que ocorreu na Residência Oficial do Torto.


A fala inicial de Lula foi transmitida pelas redes sociais. Depois, a conversa foi fechada. Ao começar a reunião, o presidente voltou a chamar a atenção da equipe e reforçou que medidas a serem anunciadas pelos ministérios devem passar pelo crivo do Palácio do Planalto.

Sem citar o episódio das últimas semanas, quando as redes sociais foram tomadas por informações falsas sobre o Pix depois de a Receita Federal atualizar uma norma sobre esse meio de pagamento, Lula afirmou que “nenhum ministro vai poder fazer portaria que depois crie confusão para nós, sem que essa portaria passe pela Presidência da República através da Casa Civil.”


“Daqui para frente, não podemos inventar nada. Tudo aquilo que a gente já anunciou vai aparecer agora. E vai depender do esforço de cada um de vocês”, completou.

Mudanças na Esplanada

Na semana passada, o publicitário Sidônio Palmeira assumiu a Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República) no lugar de Paulo Pimenta, que estava à frente do órgão desde janeiro de 2023. A troca foi a primeira confirmação da nova reforma ministerial de Lula.


Pimenta estava na Secom desde o início do mandato de Lula — entre maio e setembro de 2024, foi indicado para assumir o Ministério Extraordinário para Reconstrução do Rio Grande do Sul. Ainda não há definição sobre o futuro dele no governo. Ele é deputado federal pelo RS, e um eventual retorno à Câmara dos Deputados não está descartado.

A saída de Pimenta era dada como certa desde dezembro do ano passado, quando Lula criticou publicamente a comunicação do governo federal. A Secom é responsável pela divulgação das ações do Executivo. “Há um erro no governo na questão da comunicação, e sou obrigado a fazer as correções necessárias, para que a gente não reclame de que a gente não está se comunicando bem”, admitiu Lula durante seminário do PT, em Brasília.

Na fala, o presidente também reclamou da divulgação das ações. “Sinto cada vez que viajo, que converso, que atendemos ministros, que não estamos entregando de forma adequada [as ações], para que a sociedade tenha as informações do que estamos fazendo. A partir de 1º de janeiro, não tem mais entrega. A gente vai ter que divulgar corretamente o que nós já lançamos. Alguma coisa precisa ser mudada para que as pessoas tenham acesso àquilo que estamos fazendo. Nós não estamos conseguindo colocar as coisas que estamos fazendo. É uma das minhas preocupações, que quero começar a resolver no início de ano”, afirmou.

Além da mudança de direção na comunicação, o chamado Centrão tem pressionado o Executivo por mais espaço no governo — mesma razão que motivou a primeira reforma ministerial deste mandato do petista, em 2023. As cobranças levaram Lula a ceder os ministérios do Esporte e de Portos e Aeroportos para PP e Republicanos, respectivamente, em setembro daquele ano.


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