Logo R7.com
Logo do PlayPlus
R7 Brasília

Valor do dólar não corresponde aos números reais da economia brasileira, diz Rui Costa

Moeda norte-americana segue acima de R$ 6 desde novembro do ano passado

Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília

Lula reuniu toda a equipe nesta segunda Ricardo Stuckert/PR - 20.1.2025

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou nesta segunda-feira (20) que o valor do dólar não corresponde aos “números reais da economia brasileira” nem à “vida real” do país. A moeda norte-americana apresentou queda nesta segunda, mas segue acima dos R$ 6, como ocorre desde o fim de novembro — nesta segunda, o valor chegou a R$ 6,04. Costa lamentou que a cotação não diminua da forma rápida que a subida é percebida. A reunião ministerial desta segunda reuniu os 38 chefes de pasta federal, ocorreu na Residência Oficial do Torto e foi a primeira do ano. Depois do encontro, Costa conversou com jornalistas.

“O que a realidade vai mostrando é que o dólar vai caindo. Infelizmente, não cai na mesma velocidade que subiu, mas acredito que, com o passar dos dias, com a posse do novo presidente dos Estados Unidos [Donald Trump] e os números robustos da economia brasileira, vão fazendo o dólar voltar ao patamar, eu diria, [que] tenha reflexo na vida real da economia. Porque o patamar que está não corresponde à vida real e aos números reais da economia brasileira”, declarou o ministro.

leia mais

O ministro também reforçou o compromisso fiscal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e afirmou que cortes nos gastos públicos serão feitos sempre que for necessário para seguir o arcabouço fiscal. O governo federal apresentou ao Legislativo um pacote de redução de despesas em 2024, que recebeu o sinal verde dos parlamentares no fim do ano. Com a medida, o Executivo espera economizar cerca de R$ 70 bilhões entre 2025 e 2026.

“Isso não tem mudança. Nós vamos manter. Como eu tenho dito, o compromisso fiscal não é do ministro A ou do ministro B. O compromisso fiscal é do presidente da República, é do governo”, declarou Costa.


Moeda norte-americana

Um dos principais motivos que levaram à subida do dólar foi a desconfiança do mercado em relação ao pacote de corte de gastos do governo federal. Havia o temor de que a proposta não seja suficiente para equilibrar as contas públicas e conter o aumento das despesas do governo federal.

À época, em meio à alta da moeda, o Banco Central realizou leilões para segurar a movimentação — chegou a vender à vista US$ 8 bilhões.


Na semana passada, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, destacou a depreciação cambial como um dos principais fatores para o estouro da meta de inflação em 2024. Em carta ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o economista comentou que a depreciação decorreu, principalmente, de fatores domésticos, complementada pela valorização global do dólar norte-americano

Galípolo citou, ainda, uma queda de 19,7% do real entre dezembro de 2023 a 2024. “Entretanto, o fato de o real ter sido a moeda de maior depreciação em 2024, considerando seus pares ao nível internacional e os países avançados, sugere que fatores domésticos e específicos do Brasil tiveram papel expressivo nesse movimento cambial”, escreveu.

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.